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Vai sobrar só eu, diz Botelho sobre apoio a Taques

O ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, que também se filia ao partido, classificou a gestão Taques como lamentável.

Presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (em migração para o DEM) avalia que, sem um diálogo aberto e urgente com seu grupo, o governador Pedro Taques (PSDB) corre o risco de viver um isolamento político justamente no ano em que precisa articular seu projeto à reeleição. O parlamentar, que continua defendendo a gestão tucana, vê com preocupação a cada vez mais crescente onda de críticas ao tucano. “Daqui a pouco, vai sobrar só eu e ele”.

Para Botelho, as críticas de aliados devem ser tratadas pessoalmente. “São amigos e aliados dele. Ele precisa sentar e conversar”, avalia. “Eu vou defender a reeleição dele dentro do DEM, mas ele precisa se movimentar e reconhecer algumas questões. Sem diálogo, a tendência é de afastamento”.

Nos últimos dias tem aumentado a lista de críticos à gestão. No DEM, o ex-governador Júlio Campos já dá como certo o rompimento e a construção de candidatura própria. Prova disso é que, na semana passada, o deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM) deixou a liderança do governo na Assembleia Legislativa.

O ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, que também se filia ao partido, classificou a gestão Taques como lamentável. Já o deputado federal Fábio Garcia, recentemente filiado ao DEM, afirmou que o governador se perdeu “desde o primeiro ano de gestão”.

Taques também vem recebendo críticas de dentro do próprio governo. O vice-governador Carlos Fávaro (PSD) vem se manifestando contra algumas medidas, como a criação do Fundo Emergencial de Estabilização Fiscal, sem antes “cortar na carne”.

Apesar da avalanche de críticas, Taques tem evitado revidar e afirma que só discutirá política após a Páscoa.

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