"Em atenção ao ofício nº 24/2017/GAB, dirigido ao senhor Ministro de Estado de Justiça e Segurança Pública, no que compete às atribuições da Polícia Federal, informo que a PF poderá prestar o apoio necessário na realização de perícias criminais referentes às investigações presididas por Vossa Excelência quanto à possíveis interceptações telefônicas ilegais ocorrida no Estado de Mato Grosso", diz trecho do ofício assinado no último dia 29 de setembro pelo Diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal (DICOR-PF), Maurício Leite Valeixo.
O pedido feito por Perri ocorreu na semana passada. A estratégia das investigações é evitar qualquer forma de tentativa de atrapalhar as investigações, já que vários militares do alto comando da Polícia Militar são suspeitos de atuarem nas interceptações clandestina e que poderiam ter influência na Perícia Oficial e Identificação Técnica - Politec-MT.
Celulares, computadores, notebooks, tablets e todos os materiais eletrônicos apreendidos durante as investigações serão analisados pela PF a partir da próxima semana.
Presos
Já foram presos no "Escândalo dos Grampos", o ex-secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, coronel Airton Siqueira, do ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, e ex-secretário da Casa Militar, coronel Evandro Lesco.
A esposa de Lesco, Helen Chrysti, sargento João Ricardo Soler, e o empresário José Marilson da Silva também foram presos.
O ex-comandante da PM, coronel Zaqueu Barbosa e o cabo Gerson já estavam presos desde o dia 23 de maio.