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Mato Grosso

Marcel acusa 4 deputados e 1 prefeita de receberem propina

Ex-secretario nega ter recebido propina e lembra que foi inocentado por dono da Friboi

O ex-secretário Marcel de Cursi é o último réu a prestar depoimento na ação penal derivada da 4ª fase da "Operação SOdoma". Marcel esteve preso por cerca de 22 meses acusado de ser o "mentor intelectual" da organização criminosa liderada pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB). Em troca, foi beneficiado com propina.

Desde o início das investigações, ele nega qualquer tipo de fraude. Na ação penal de hoje, é acusado de receber mais de R$ 600 mil no esquema de desapropriação da área correspondente ao bairro Jardim Liberdade.

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17H06 - Marcel reafirma o patrimônio que possui é como servidor público e professor. Diz que não precida de R$ 700 mil. Ele fala ainda que todo seu patrimônio foi bloqueado, mas que muita gente com foro privilegiado sequer foi citada. "É fácil proteger pessoas com prerrogativa e me acusarem", declarou. O MPE e as defesas dos demais acusados não fazem perguntas ao ex-secretário e audiência é encerrada. 

17H00 - Cursi relata que seu sugilo bancário foi quebrado desde 2008 e que nas contas dele não foram localizados "um centavo" deste dinheiro da desapropriação do bairro Jardim Liberdade. Ele lembra ainda que o empresário Joesley Batista, dono da JBS, "que abalou o Brasil inteiro", o inocentou ao explicar as fraudes envolvendo os incentivos da Friboi no Estado. "Demorou cinco anos pro cara vir a público e dizer isso", lamentou. 

16H57 - Marcel reafirma que está fazendo sua defesa nos processos usando documentos e disse ter um importante. O ex-secretário acusa o ex-secretário Pedro Nadaf de usar seu nome indevidamente perante o ex-governador Silval Barbosa. Ele disse que avisou Silval, que lhe disse que isso não iria mais ocorrer. Marcel diz ter como provar documentalmente essa acusação.

16H52 - Marcel fala que a Secretaria de Fazenda não tem autonomia, ne poder, para rejeitar decretos orçamentários. Inclusive, alega que já foi afastado do cargo por não cumprir decreto. "Não é o secretário que diz o que tem que ser pago e sim o fluxo de receita. A função da secretaria é só arrecadar e o secretário só paga as contas internas da secretaria", declarou. Ele afirma que não existe nenhum documento assinado por ele nesse processo de desapropriação do Jardim Liberdade e que foi inserido nesse turbilhão.

16H48 - O ex-secretário ainda cita que o empresário Antônio Rodrigues de Carvalho fechou colaboração premiada e concedeu uma garantia imobiliária. Diz que a situação lhe causou "mais espanto" porque a garantia foi oferecida por um advogado, que é o mesmo de Pedro Nadaf. O ex-chefe da Sefaz diz ainda que, no Centro de Custódia de Cuiabá, Pedro Nadaf chegou a ficar na mesma cela que Pedro Elias, Afonso Dalberto, e até César Zílio. Segundo ele, isso não podia ocorrer, já que são réus na mesma ação penal. 

16H44 - Marcel reafirma que não participou de reunião com Silval para discutir retorno de pagamentos, nem recebeu propina de Pedro Nadaf. "Isso é uma história que me inseriram nela. Eu me pergunto, que mal fiz a essas pessoas".

16H41 - Ao explicar sua tese, Marcel de Cursi diz que não quer desmerecer o trabalho do MPE, mas "faz o exercício de defesa, jpa que foi inserido nesse processo". Ele também afirma que não conhece o empresário Antônio Rodrigues. "Nunca estive com ele. Para chegar ao secretário de Fazenda, tem que ter uma agenda, e eu garanto que nunca estive com esse senhor".  

16H35 - O ex-secretário também fala que os números citados na denúncia não batem. Ele explica a soma de pagamentos da propina e garante que os "números não fecham". "Eu não consigo entender, mas se percebe que um monte de gente com foro privilegiado ficou de fora".

16H30 - O ex-secretário afirma ainda que diversas pessoas com foro privilegiado não foram faladas nas ações, mas ele gostaria de dizer. Segundo ele, relatórios técnicos apontam pagamentos aos deputados Wagner Ramos, Romoaldo Junior, Mauro Savi, Guilherme Maluf e que esses nomes não aparecem na denúncia. "Eu estou passando por uma situação constrangedora, porque não participo de organização criminosa", lamentou.

16H24 - Marcel de Cursi nega ter recebido propina, nem ter participado de reuniões para tratar sobre retorno de pagamentos. O ex-secretário explica que a dívida com a Santorini deveria estar registrada no passivo do Intermat e lembra que chegou a cobrar um esclarecimento do órgão sobre a empresa. "Isso gerou um cosnstragimento com as pessoas envolvidas", disse. Marcel disse que a princípio não percebeu que havia uma fraude, mas sim uma discordância e que poderia ser uma falha contávil. "Aqueles que se sentiram lesados, me acusaram agora", declarou.

16H19 - Marcel disse que só tem informações sobre o caso peo que leu nos autos da ação. Ele aponta um grave engano e, inclusive, afirma que o ex-secretário Pedro Nadaf se retratou de suas declarações. Segundo Marcel, os cerca de R$ 700 mil que, inicialmente, Nadaf declarou que repassou ao ex-secretário, foram utilizados para pagamento da deputada estadual Luciane Bezerra (PSB), atual prefeita de Juara, além de outras dívidas. Segundo ele, seu nome foi envolvido para ocultar pessoas com foro privielgiado. 

16H17 - Marcel de Cursi diz que a denúncia em relação a ele é falsa. Inclusive, afirma que é difícil falar sobre o caso, porque não conhece o processo de desapropriação e não participou dos pagamentos. "Não é a Sefaz que faz o processo, nem os pagamentos", disse, ao negar ter recebido propina.

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