Mato Grosso
SAÚDE NA UTI: Sem receber, hospitais ameaçam parar no estado
Estamos sem receber aporte desde fevereiro de 2017, foi prometido pelo Governo, eles prometeram aporte de R$ 2,5 milhões fizeram novembro dezembro e janeiro e não fizeram mais
Cinco dos maiores hospitais de Mato Grosso ameaçam parar as atividades a partir de segunda-feira. Além de atraso de R$ 12,7 milhões, o Estado teria deixado desde fevereiro de fazer aporte mensal de R$ 2,5 milhões para as cinco unidades. Entre as unidades que podem suspender as atividades estão Santas Casas de Cuiabá e Rondonópolis, Hospital Geral Universitário, Hospital Santa Helena e Hospital de Câncer.
“Estamos sem receber aporte desde fevereiro de 2017, foi prometido pelo Governo, eles prometeram aporte de R$ 2,5 milhões fizeram novembro dezembro e janeiro e não fizeram mais. A dívida chega a R$ 12,7 milhões, mas mais importante é fazer este aporte mensal para poder fazer frente às despesas, sem este aporte mensal não temos como trabalhar. Temos fôlego para atender até domingo. Estamos sem dinheiro para comprar medicação, alimentação, para médicos”, confirma a presidente da Federação das Santas Casas e dos Hospitais Filantrópicos do Estado de Mato Grosso (FEHOSMT), Elizabeth Meurer.
Elizabeth destaca que a crise vivida pelos hospitais filantrópicos é alarmante e que a dívida do Estado com as instituições vêm se arrolando desde 2015. "Não sabemos mais como sanar essas dívidas, porque não temos mais perspectiva em mudar este cenário que nos encontramos. Não temos mais como atender”, diz Elizabeth.
Além do pagamento do valor atrasado os hospitais cobram do Governo a elaboração de um cronograma, para não deixar que os repasses voltem a atrasar. “Essa é uma situação insuportável, não tem mais como continuar desta forma", diz a presidente.
A Secretaria de Estado de Saúde por meio da assessoria de comunicação confirmou que não existe qualquer tipo de contrato com os hospitais filantrópicos, portanto a dívida da existe. A relação que existe é entre o Estado e o município. O Estado faz os repasses aos municípios que fazem a contratação do serviço. O que ocorreu, segundo a SES, é que no ano passado devido à crise dos filantrópicos passavam o governo autorizou repasses de ajuda nos meses de dezembro (ano passado), janeiro e fevereiro (deste ano).
Os valores repassados foram de R$ 7,5 milhões. O Governo havia sugerido que parte do valor fosse utilizado para contratar consultoria para unidades conseguirem gerenciar recursos. “A intenção dos hospitais é que os recursos continuassem sendo repassados, mas o Governo não tem condição de manter esta ajuda. Tanto que para fazer na ocasião anterior deixou de repassar recursos para outras unidades do interior”, confirmou a assessoria da SES.
Página:
https://www.olharnoticias.com.br/noticia/mato-grosso/2017/08/03/sade-na-uti-sem-receber-hospitais-ameaam-parar-no-estado-/1468.html