O governador Pedro Taques (PSDB) oficializou nesta quarta-feira a exoneração do secretário da Casa Militar, o coronel Evandro Alexandre Lesco, e também do adjunto da pasta, Ronelson Jorge de Barros. Outro que perde a função comissionada é o cabo Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior, que tinha a função de assessor técnico na pasta.

Os três estão presos preventivamente por decisão da Justiça acusados de participação num esquema ilegal de escutas telefônicas. Lesco e Barros estão detidos desde o dia 23 de junho e Correa desde o dia 23 de maio.

Inicialmente, o governador determinou o afastamento dos três militares alegando que confiava que eles não teriam participação no esquema de arapongagem. No entanto, no dia 17 deste mês, o procurador geral de Justiça, Mauro Curvo, denunciou os militares a Justiça pelos crimes de falsidade ideológica, prevaricação, ação militar ilícita e falsificação de documentos.

Eles ainda devem ser denunciados na esfera civel já que existe uma investigação pela Polícia Civil e outra na Procuradoria Geral da República. Ontem, Correa foi transferido da unidade da Rotam em Cuiabá para o Centro de Custódia.

Ele e outros coroneis presos em unidades militares foram flagrados com privilégios. Correa chegou ao ponto de deixar a prisão à noite para ir a boate Crystal e também fazer cobrança de dívidas pela internet.

Os três exonerados perdem apenas o acréscimo salarial em função dos cargos comissionados. Ou seja, Correa continuará recebendo mensalmente cerca de R$ 8 mil e Lesco e Ronelson cerca de R$ 19 mil.