Peixoto de Azevedo
Garimpeiro Matupaense dá exemplo de recuperação dos passivos ambientais
Antigas cavas de garimpo estão sendo fechadas e a área passa por recomposição do solo para transformação do passivo em pastagem para criação de gado de corte.
Além de auxiliar os garimpeiros cooperados no sentido de obter as licenças ambientais junto aos órgãos competentes para atuar legalmente na extração mineral, bem como de propiciar a segurança no processo de comercialização do ouro, promovendo assimo incrementando da arrecadação do IOF repassado as prefeituras, de promover pesquisas, sondagens e inserção de tecnologia na atividade, e de atender demandas ligadas a assistência social, a Cooperativa de Garimpeiros do Vale do Rio Peixoto – COOGAVEPE, está dando prosseguimento aos serviços de assistência técnica em campo durante o período de recuperação de áreas degradadas, ou seja, já mineralizadas, uma obrigação exigida e estabelecida pela legislação e fiscalizada pelos órgãos ambientais, e que se descumpridas podem causar interdições, emissão de multas e demais penalizações, inclusive a perda da Licença de Operação e a própria Permissão de Lavra Garimpeira.
Em Matupá um gestor de mineração-cooperado da COOGAVEPE está de forma efetiva dando um verdadeiro exemplo de organização, planejamento e respeito aos preceitos da legislação ambiental.
Em uma área de aproximadamente 10 hectares, onde já havia sido extraído o ouro durante o período ininterrupto de dois anos está sendo executado o fechamento das antigas cavas, o nivelamento de toda superfície, a transposição e correção do solo degradado para posterior lançamento de sementes de capim para transformação do passivo ambiental em pastagem para criação de gado de corte.
Neste contexto as mesmas máquinas pesadas utilizadas para abertura das pistas de extração aurífera estão sendo utilizadas para devolver de forma gradativa o potencial produtivo a terra.
“Essa tem sido uma das mais bem sucedidas e viáveis formas de recuperação, o chamado PRAD – Projeto de Recuperação de Área Degradada. Nesta região estamos verificando os avanços na revitalização da área garimpada. Para tanto, a COOGAVEPE está dando todo apoio logístico e assistência técnica para que ao esgotar a depósito de ouro seja viabilizada uma nova alternativa de renda ou cadeia produtiva, que também pode ser agregada com o reflorestamento”, disse o Biólogo Josimar Passos.
Uma equipe técnica da cooperativa de garimpeiros esteve prestando assistência e monitorando o projeto de recuperação para elaboração de um relatório substanciado que será entregue a SEMA, IBAMA, DNPM e demais órgãos ligados a fiscalização da atividade de mineração em Mato Grosso e no País.
“Fica notória a importância do cooperativismo mineral na fomentação da atividade garimpeira, pois desta forma estaremos assegurando ao garimpeiro-cooperado toda dinâmica para que esteja atuando em cumprimento as normas, portarias, critérios, exigências e demais leis vigentes, dando-lhe segurança jurídica para continuar explorando o minério de forma racional e com equilíbrio sustentável ambiental”, declarou a Diretora Financeira da Cooperativa de Garimpeiros, Solange Barbosa.
O Geólogo e Mestrando em Geociências da UFMT de Cuiabá-MT, Natã José de França, que está desenvolvendo estágio e pesquisas no Vale do Rio Peixoto participou da visitação técnica.
Página:
https://www.olharnoticias.com.br/noticia/peixoto-de-azevedo/2018/08/23/garimpeiro-matupaense-d-exemplo-de-recuperao-dos-passivos-ambientais/4075.html