A adolescente de 12 anos, apontada como responsável por ter dado uma mistura de solda cáustica e limpa alumínio para uma criança de 11 anos, foi ouvida na quarta-feira (5) na Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), em Cuiabá. Segundo a delegada Anaíde Barros, a garota negou ter dado a bebida para a menina. Depois de ser ouvida, ela foi liberada e deve responder um ato infracional de tentativa de homicídio.

A mãe da vítima, Elaine Cristina Alves de Souza, disse que a adolescente teria feito isso por ciúmes de um adolescente.

A menina de 11 anos está internada no Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC) desde o dia 27 de junho, quando também foi registrado o boletim de ocorrência. De acordo com a delegada da DEA, a menina contou uma história considerada ‘fantasiosa’ e negou envolvimento. Ela ainda disse que um colega deu o líquido para que ela oferecesse à vítima, que seria um ‘presente’.

A garota chegou na delegacia acompanhada pela mãe, que esteve presente também no depoimento. Nas declarações, a garota disse que o presente seria de um garoto para a vítima, que seria namorada desse menino. A adolescente ainda contou que o menino estava com ciúmes da vítima, que andava conversando com outros garotos.

A delegada informou que um laudo pericial confirmou o quadro de queimadura química, com lesões no esôfago e que aguarda liberação médica para ouvir a vítima.

O caso

Ainda conforme a DEA, a mãe e a menina saíram de Cuiabá depois da repercussão no caso. A vítima e a adolescente investigada estudam na escola municipal Francisco Pedroso da Silva.

A mãe da vítima contou à polícia que a filha chegou em casa com a boca inchada, babando, e aparentando estar com um ferimento na boca. A criança contou que a colega investigada estava na escola com uma ‘garrafinha’ com um líquido rosa e teria oferecido aos demais estudantes, porém, nenhum deles aceitou a bebida.

Após sair da escola na companhia da garota, a vítima disse que entraram um ônibus e pararam em um ponto. Ao descerem, a adolescente ofereceu novamente o líquido para vítima e explicou que era vinho. Dessa vez a criança aceitou e tomou a bebida, indo em seguida para casa.