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Assassino de personal teria recebido informações sigilosas da polícia

As informações sigilosas seriam referentes ao mandado de prisão preventiva dos assassinos, que passaram cinco meses foragidos da Justiça.

O juiz Flávio Miraglia Fernandes, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou, na última terça-feira (10), a intimação do corregedor geral da Polícia Civil, delegado Jeset Arilson Munhoz de Lima, devido a denúncias de que o estelionatário Guilherme Dias, mandante do assassinato do personal Danilo Campos, em novembro de 2017, teria recebido informações sigilosas de dentro da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

O mandante e o assassino Wallison Magno, foram presos em São Paulo, após cinco meses foragidos.

“Durante as investigações no inquérito policial foram colhidas informações de acesso e compartilhamento indevidos de documentos sigilosos constantes nos Autos de Prisão Temporária código n° 502578, o que, em tese, configuraria a prática do delito previsto no art. 10 da Lei n° 9.296/1996”, discorre o magistrado.

As informações vazadas seriam referentes ao mandado de prisão preventiva dos acusados e foram constatadas no Inquérito Policial conduzido pela Delegada Alana Cardoso.

Guilherme Dias e Walisson foram presos no dia (9) de março, em São Paulo, usando documentação falsa e com passagens compradas para os Estados Unidos.

O juiz também determinou que cópia das informações fossem repassadas para o Tribunal de Justiça e à Corregedoria da Polícia Civil, para que procedimentos investigatórios fossem instaurados para apurar o crime.

“Eemeta-se cópia dos documentos constantes no Inquérito Policial n° 204/2017 e nos autos de Medida Cautelar à presidência do E. Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso e à Corregedoria da Polícia Civil para conhecimento e providências que entender cabíveis, bem como à autoridade policial para instaurar inquéritos policiais próprios destinados à apuração dos delitos constantes nos arts. 171 e 304 do Código Penal e art. 10 da Lei n° 9.296/1996”, consta na decisão. 

O crime

De acordo com o boletim de ocorrência, Danilo estava na Rua General Ramiro de Noronha, às 21h20 do dia 8 de novembro, quando uma dupla se aproximou em uma motocicleta. O garupa sacou a arma e atirou diversas vezes contra Danilo. Após o crime, a dupla fugiu em alta velocidade.

A mulher que teria sido pivô do crime, Ane Lise Hovoruski, 29 anos, foi presa no dia 24 de fevereiro em Foz do Iguaçu, no Paraná. Ela foi ouvida em Cuiabá e liberada para responder em liberdade.

Conforme investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Danilo foi morto a mando do marido dela, Guilherme Dias. Ane ainda teria ligado para a vítima marcando um encontro no local onde ele foi morto.

Outro lado

Em resposta ao , a Corregedoria da Polícia Civil informou que recebeu os documentos encaminhados pelo Judiciário no fim da tarde de quarta-feira (18) e que os mesmos serão devidamente apreciados. Mas, à princípio, na documentação não há nenhuma informação de vazamento por parte de membros da Polícia Judiciária Civil. 

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