Policial
Delegada diz que mulher assassinada era proibida até mesmo de falar
A prisão do suspeito foi efetuada pela PolÃcia Militar, no bairro Pascoal Ramos, após ele atirar na testa da mulher e fugir do local em uma motocicleta.
A Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP) finalizou nesta manhã o auto de prisão em flagrante de Everton Marcos Stoppi, 22 anos, assassino sa companheira, Daniela de Oliveira Correa, 31, ocorrido na madrugada desta quarta-feira (28), no bairro Pedra 90, na Capital.
A delegada Ana Cristina Feldner, esteve com a equipe na residência do casal, no Pedra 90 e informou que o preso foi autuado por homicídio qualificado em feminicídio.
"Pela condição de ser mulher, de subjugar a condição de ser mulher. Era uma mulher que não trabalhava e era subjugada naquela situação, que não tinha sequer o direito de se manifestar. Ela falou algo, ele não gostou e isso lhe deu o direito de dar um tiro na testa", disse.
A prisão foi efetuada pela Polícia Militar, no bairro Pascoal Ramos, após ele atirar na testa da mulher e fugir do local em uma motocicleta. "Ele alegou que foi ao banheiro e, quando saiu, ela falou algo que não gostou. Pegou o revólver e colocou na testa dela e atirou. Mas achou que tinha um intervalo entre as munições, que não tinha a intenção de matá-la", explicou a delegada.
A vítima foi encontrada na sala da residência com um disparo na cabeça. A mãe de Everton mora no mesmo quintal e contou que ouviu o barulho do disparo da arma de fogo na casa da nora. Ela relatou que ao abrir a porta, viu o filho saindo em uma motocicleta.
Para a equipe de investigação, Daniela pode ter comentado sobre os produtos encontrados dentro de uma mochila, que são compatíveis com pertences roubados relacionados a um boletim de ocorrência, confeccionado no dia 26 de fevereiro. Quanto aos materiais, Everton não confessa, alegando que era de um amigo da vítima.
O preso será apresentado em audiência de custódia no Fórum de Cuiabá.
Página:
https://www.olharnoticias.com.br/noticia/policial/2018/03/01/delegada-diz-que-mulher-assassinada-era-proibida-at-mesmo-de-falar/3253.html