O número de mulheres assassinadas no Brasil aumentou em 6,5% de 2016 para 2017 e nesse cenário de violência Mato Grosso aparece como o Estado com maior número de feminicídios, casos em que as mulheres são mortas pela condição de gênero ou em decorrência de violência doméstica.

No Brasil foram registrados 4.473 homicídios dolosos em 2017, sendo que deste total, 946 são enquadrados na Lei do Feminicídio, que completa três anos de criação no dia 8 de março.

Dados do Núcleo de Estudos da Violência da USP apontam que Mato Grosso é o Estado com a maior taxa de feminicídio: 4,6 a cada 100 mil mulheres.

Em Mato Grosso, no ano passado 75 mulheres foram mortas e a maioria destes casos são feminicídios.

Somente nos dois primeiros meses deste ano foram registradas 19 mortes de mulheres por assassinato, conforme dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT). No mesmo período do ano anterior foram registrados sete casos, portanto neste ano o número praticamente triplicou no mesmo período.

A Sesp não faz especificação de qualificação do crime, mas explica que maioria dos casos foram crimes passionais, portanto podem ser enquadrados como feminicídio.

Quando os números são avaliados em Cuiabá e Várzea Grande o aumento de crimes contra a mulher é ainda mais alarmante. No ano passado foram registrados sete casos de feminicídio, enquanto que em 2018 nos dois primeiros meses já foram 6 casos.

No Brasil

Segundo dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os números mostram que no Brasil ainda não há o que comemorar no Dia Internacional da Mulher, celebrado mundialmente nesta quinta-feira (8), pois cerca de 12 mulheres são assassinadas no país, por dia.

O Brasil ocupa a 7ª posição entre as nações mais violentas para as mulheres de um total de 83 países, sendo que a taxa é de de 4,3 mortes para cada grupo de 100 mil pessoas do sexo feminino, o que relativamente, significa que uma mulher é morta a cada duas horas.