O pai de uma menina de apenas dois meses é suspeito de matar sua filha espancada enquanto aguardava a mãe da criança no hospital. A mulher dele passava por uma consulta no Hospital Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, por volta das 1h30 desta quarta-feira (21). Alan Duenho serviu o Exército após se alistar para o serviço obrigatório militar em 2014 — ingressou em 2015 e deu baixa no Exército em 6 de agosto de 2016, após um ano de serviço. De acordo com o setor de comunicação social do 22º Batalhão de Logística Leve ele não faz mais parte do Exército Brasileiro.

O casal foi para o hospital durante a madrugada e como o bebê era pequeno eles levaram a criança junto. Duenho ficou aguardando a mulher no carro enquanto ela passava pelos procedimentos médicos — e nesse tempo espancou a menina. Por volta das 3h30, a sogra dele apareceu no carro dizendo que a filha teria que ficar internada e que precisaria ir até a casa do casal para buscar roupas e deixar a bebê dormindo.

Quando chegaram na casa, ele desembarcou a filha do carro, que estava enrolada em um cobertor, e a colocou na cama da menina. A avó não percebeu nada de estranho e pensou que a neta estava dormindo. Meia hora depois, a sogra estava na cozinha quando olhou pela janela e avistou o genro pulando o muro do prédio e correndo pela rua. Em desespero, ela subiu para o andar de cima e encontrou a neta ainda enrolada no cobertor já sem vida e com sinais de espancamento.

A principal hipótese da polícia é de que ele tenha batido a cabeça da criança no volante do carro enquanto aguardava a mulher no estacionamento do hospital. Duenho está foragido. A mãe da criança continua internada e a polícia descarta a participação dela no crime. O caso foi encaminhado para o 37º DP, do Campo Limpo, área dos fatos.