O deputado estadual Oscar Bezerra afirma ter recebido “carta branca” do diretório estadual do PSB para deixar o partido. O parlamentar, no entanto, diz não ter pressa para pedir sua desfiliação, uma vez que a janela partidária – prazo para que os políticos mudem de legenda sem punição por infidelidade partidária – será aberta em março.

“Neste final de semana o Milton Simplício (secretário-geral do PSB) mandou mensagem, dizendo que se quisermos, eles dão a carta de desfiliação. Mas, nunca tínhamos tratado desse assunto antes”, diz Oscar.

De acordo com o deputado, o aviso da possibilidade de um consenso foi dado após o presidente da legenda, Valtenir Pereira, afirmar que só autorizaria a desfiliação dos deputados estaduais se pagassem uma dívida de aproximadamente R$ 230 mil, referentes ao chamado dízimo partidário.

Nesta semana, no entanto, a direção da legenda adotou posicionamento diferente. Simplício emitiu nota garantindo que só não liberaram os parlamentares, pois os mesmos não apresentaram pedido formal.

A saída de consenso, assim como ocorreu no caso dos federais Fábio Garcia e Adilton Sachetti com a executiva nacional, deve se estender aos deputados Eduardo Botelho, Mauro Savi, Max Russi (hoje chefe da Casa Civil) e Adriano Silva.

Dívida

Oscar rebateu Valtenir e negou dever algum valor ao PSB, por conta do dízimo. Ele nega possuir tal dívida – em torno de R$ 53 mil -, pois o pagamento era optativo. Além disso, diz que quando Fabio era presidente regional, o entendimento era de que ele não precisaria pagar, pois tinha a missão de fortalecer a legenda na região de Juara, o que foi feito com investimento próprio. “Na minha região, por exemplo, nós fizemos oito prefeitos e 65 vereadores. Tudo por minha conta e não do partido”, pontua.