la se apresentou à Polícia Federal no sábado para dar início ao cumprimento da pena de 12 anos e 1 mês no caso do tríplex no Guarujá, em São Paulo.
Ao defender que o petista é vítima de uma prisão política, o líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), questionou despacho do juiz federal Sérgio Moro, em que determinou que Lula não terá nenhum privilégio no recebimento de visitas, tendo que se adequar à regra geral estabelecida a todos os detentos da Polícia Federal em Curitiba, tratamento “inadequado” na avaliação do deputado.
“Enquanto bancada, aqui na Câmara, não vamos permitir que essa situação seja naturalizada, que o Parlamento funcione normalmente, como se nada estivesse acontecendo. A bancada do PT está em obstrução em todos os temas”, disse o líder, acrescentando contar com o apoio do PDT, PSB, PCdoB e PSOL, contingente com capacidade de praticamente inviabilizar as votações na Casa, ou pelo menos atrasá-las de maneira exaustiva.
GOVERNADORES
Ao referir-se ao impedimento de governadores de visitarem o ex-presidente nesta terça, Pimenta sustentou que há uma conduta que busca atingir a integridade moral de Lula.
Na mesma linha, o líder da Oposição na Casa, José Guimarães (PT-CE), argumentou que não é “trivial” que vários governadores sejam impedidos de fazer uma visita a um preso e informou que foi feito um pedido de constituição de uma comissão externa da Câmara para acompanhar a situação do ex-presidente em Curitiba. Segundo o líder, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ficou de se pronunciar na quarta-feira sobre a comissão.
“Não queremos afrontar a Justiça. Agora vamos fazer a coisa negociada”, disse Guimarães.
Após falas de alguns líderes da oposição nesta terça-feira em plenário, o líder do PSDB, Nilson Leitão (MT), subiu à tribuna para replicar as falas favoráveis a Lula.
“Não podemos aceitar que venham demonizar a Justiça brasileira por causa de uma decisão que não agradou um partido”, disse o tucano.