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Governador exonera comandante da PM após vazamento de prisões em MT

Corregedor e diretor de Inteligência da PM teriam avisado que dois secretários seriam presos

O governador Pedro Taques e o secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas, anunciaram há pouco a substituição do comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso. O coronel Marcos Vieira da Cunha vai assumir o Comando Geral da PM no lugar do coronel Jorge Luiz de Magalhães.

A troca será oficializada na segunda-feira (26.06), em solenidade no Comando Geral da Polícia Militar, em Cuiabá. Coronel Cunha tem 44 anos, dos quais 25 foram dedicados à Polícia Militar.

Ele ingressou na instituição como soldado e fez carreira até chegar ao posto de coronel, em setembro de 2016. Durante 19 anos, coronel Marcos Vieira da Cunha atuou no interior do Estado.

O governador Pedro Taques e o secretário Rogers Jarbas agradeceram o trabalho desenvolvido pelo coronel Jorge Magalhães, que já foi comunicado pessoalmente da mudança, no período em que atuou à frente da instituição no Estado.

GRAMPOS

A saída do coronel Jorge Luiz de Magalhães teria ligações com os vazamentos do inquérito policial militar que investiga um núcleo dentro da corporação para promover interceptações telefônicas ilegais em Mato Grosso. Informações dão conta que o desembargador Orlando Perri teria determinado a prisão de outros militares em decorrência das escutas clandestinas sobre centenas de pessoas revelada no mês passado pelo Fantástico (Rede Globo).

Dois integrantes da alta cúpula da PM teriam ido na manhã de hoje ao palácio Paiaguás informar que os secretários da Casa Militar, Evandro Lesco, e de Justiça e Direitos Humanos, Airton Siqueira Júnior, que são coroneis, seriam presos ainda hoje por suposta participação no esquema. A conversa teria sido dentro da Casa Militar e testemunhada ainda pelo secretário-chefe da Casa Civil, José Adolpho de Lima Avelino Vieira.

No diálogo, Lesco e Siqueira teriam sido alertados que deveriam se preparar para serem detidos. Já estão presos o ex-comandante geral da PM, Zaqueu Barbosa, e o cabo Gerson Correia Júnior, que são suspeitos de operar o esquema.

Após ser informado sobre o vazamento das eventuais prisões de dois dos seus secretários, o governador comunicou o caso ao presidente do Tribunal de Justiça, Rui Ramos. No ofício, Taques argumenta que o corregedor geral da PM, coronel José Mendes, e o diretor de Inteligência, tenente-coronel Victor Paulo Fortes Pereira cometeram os crimes de "quebra de sigilo funcional".

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