Política
Leitão não aceita cargo como consolo por derrota e mantém distância de Taques
Sobre o afastamento da vida pública, Leitão afirma que está avaliando convites para trabalhar em entidades de classes e empresas.
O líder da bancada do PSDB na Câmara dos Deputados Nilson Leitão, que acabou na quinta colocação na disputa pelo Senado e se prepara para encerrar o mandato de deputado federal no próximo dia 31 de janeiro, recebeu convites para atuar em governos tucanos e até mesmo no governo federal a partir de 2019. Entretanto, optou por permanecer em Brasília e pretende trabalhar na iniciativa privada.
Leitão também está evitando contato com o governador Pedro Taques (PSDB), também derrotado na tentativa de reeleição. Afirma que sequer está acompanhando o final da gestão do correligionário.
Sobre o afastamento da vida pública, Leitão afirma que está avaliando convites para trabalhar em entidades de classes e empresas. Além disso, pretende voltar a estudar e promete maior dedicação a família após 22 anos de mandatos ininterruptos.
“Estou sendo sondado por entidades e empresas para trabalhar na iniciativa privada, coisa que não fiz nos últimos 22 anos. Agora é vida nova. Não quero cargo. Não quero ser aquele que perdeu a eleição e vai assumir cargo público com consolação. Perdi a eleição e vou ficar onde o povo me colocou: fora da política, por enquanto”, declarou Leitão em entrevista ao .
O tucano também descarta o projeto de disputar a Prefeitura de Sinop, município que administrou por dois mandatos, nas eleições de 2020. Alega que já decidiu se estabelecer em Brasília no próximo período, o que inviabiliza qualquer articulação neste sentido.
“Já matriculei meus filhos na escola em Brasília. Não serei candidato a prefeito de Sinop. Não é meu projeto. Vou trabalhar, estudar, cuidar mais da família e da minha vida pessoal. Perdi a eleição e vou ficar fora da área pública nesse primeiro momento”, completou.
Relação com Taques
Apesar de apoiado o Governo Taques desde o início, fator que pode ter contribuído com a derrota eleitoral, Leitão lembra que não está acompanhando o final da gestão. O único encontro desde 7 outubro aconteceu em Brasília, durante reunião do PSDB.
“Desde as eleições, só encontrei o Pedro Taques em Brasília durante visita que fez ao partido. Não fui até ele e também não fui procurado. Entreguei um oficio das emendas que coloquei no Estado e devem ser repassada para os municípios e só. Estou lutando aqui para liberar os recursos do FEX para Mato Grosso”, conclui o parlamentar.
Nas urnas
Nas eleições de 2014, Leitão foi o deputado federal mais votado e se destacou no decorrer do mandato presidindo a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e liderando a bancada do PSDB na Câmara dos Deputados. Neste ano, concorreu ao Senado e ficou em quinto lugar atrás dos eleitos Selma Arruda (PSL) e Jayme Campos (DEM) e de Carlos Fávaro (PSD) e Adilton Sachetti (PRB).
Página:
https://www.olharnoticias.com.br/noticia/poltica/2018/12/08/leito-no-aceita-cargo-como-consolo-por-derrota-e-mantm-distncia-de-taques/4468.html