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Partido mantém projeto de indicar Maggi à chapa presidencial

O PP vem colocando o nome do progressista como principal opção na composição de uma chapa à presidência da República.

“O Blairo tem todo apoio do partido”, ressaltou o presidente do PP em Mato Grosso, deputado federal Ezequiel Fonseca sobre o possível envolvimento do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em esquemas denunciados pelos diretores e ex-diretores da Construtora Odebrecht, delatores da Operação Lava Jato.

Fonseca afirmou que os inquéritos não atrapalham as intenções políticas de Maggi sobre fazer parte de um projeto nacional. Nos últimos meses, o PP vem colocando o nome do progressista como principal opção na composição de uma chapa à presidência da República. “O desejo é mantido, não é apenas ele por trás disso tudo. Existem muitas coisas que precisam ser esclarecidas e ele tem todo o apoio do partido. Esperamos que possa no momento certo colocar tudo isso a limpo”.

O deputado lembra que por enquanto “é um inquérito até virar uma ação tem um longo caminho. Enquanto isso, nosso ministro vai ter tempo e tranquilidade para explicar tudo isso. Tivemos uma reunião e ele está muito tranquilo e aguardando o momento de ser pronunciar”.

Maggi foi citado no depoimento do ex-executivo da construtora, João Antônio Pacífico Ferreira, que confirmou propinas pagas a agentes públicos de Mato Grosso na ocasião do então governo do progressista na ordem de R$ 900 mil entre 2006 e 2007. Na investigação aberta pelo Supremo Tribunal Federal (STF), há informações de que o grupo do ministro teria recebido R$ 12 milhões em propina.

Os agentes públicos beneficiados, conforme o empresário da Odebrecht, foram o ex-secretário de Fazenda, Edmilson José dos Santos, à época secretário adjunto do Tesouro Estadual, cujo apelido era “Cofrinho”, o ex-procurador-geral do Estado, João Virgílio Nascimento Sobrinho, “Careca”, e o procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o “Chico Lima”, chamado de “Manhoso”.

Os três teriam recebido cada um deles R$ 330 mil, além de um agente público do Mato Grosso do Sul, José Miguel Milé, cujo codinome era “Palha”, que teria ficado com R$ 83,5 mil em 2006.

O ministro nega qualquer participação e rechaça a possibilidade de ter usado dinheiro da construtora em campanha eleitoral. “É uma situação inusitada, muito ruim, que desmonta a gente. Estou absolutamente derrotado internamente. Estou fazendo um esforço gigante para estar de pé, trabalhando, para estar fazendo os enfrentamentos. Como afirmei lá atrás, continuo afirmando: Não tenho nada a ver com isso. Não fiz, não autorizei e tenho certeza que esse dinheiro nunca chegou a minha campanha. Nunca, ninguém, absolutamente ninguém que estivesse próximo de mim na campanha comentou alguma coisa sobre esse assunto”, disse Maggi em entrevista.

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