O senador José Medeiros (PSD) afirmou que vai sair candidato ao Senado Federal em 2018, onde ele ocupa uma vaga deixada pelo governador Pedro Taques (PSDB) em 2015, quando assumiu o governo do Estado. Apesar disso, ele ainda não sabe em qual grupo vai tentar se eleger.

“Essa é a construção, até porque ninguém sabe quem será candidato a governador. Eu vejo que, neste momento, o governador precisa construir essa candidatura dele por todas as dificuldades que tem”, afirmou em entrevista concedida nesta segunda-feira (5) à Rádio Capital FM.

Segundo o senador, ele vai esperar até setembro para avaliar a situação eleitoral de Pedro Taques para decidir se fica coligado com ele ou não. “Essa crise toda, a gente sente que ele precisa... Ele não vai gostar de ouvir isso, mas, ele sabe que precisa até setembro se mostrar viável pra aglutinar porque depois já vem final de ano e, aí, se o governo começar enfraquecido no ano que vem, eu não vejo viabilidade”, explicou.

Para Medeiros, Taques é o primeiro nome a ser lembrado porque tem a máquina do Estado nas mãos, porém, precisa superar as crises que tem enfrentado junto aos servidores, que cobram a revisão geral anual (RGA), e na Saúde, onde atrasos nos repasses de verbas aos municípios e aos hospitais regionais e filantrópicos se mostram constantes.

“Lógico que o governador Pedro Taques está com três pescoços na frente porque máquina é máquina, mas tem que conseguir se viabilizar com a questão dos servidores, que eu vejo que está quase cristalizando essa situação”.

Questionado se o atrito entre governo e servidores é capaz de inviabilizar a candidatura de Taques, o senador foi afirmativo. “O Júlio Campos [ex-governador] tem uma máxima que diz que servidor não elege ninguém, mas derruba governo. Contamina muito. (...) Cem mil fazendo esse barulho, isso vai e contamina que é uma coisa”, avaliou, ressaltando a repercussão das redes sociais.

Possibilidades

Além do atual governador, José Medeiros afirmou que existem outros nomes que vê como viáveis para a eleição de governador em 2018. Tais pessoas, conforme o senador, seriam o atual vice-governador Carlos Fávaro (PSD), o senador Wellington Fagundes (PR) e o ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (PSB).

Com relação ao vice-governador, José Medeiros disse na entrevista que apesar de não falar sobre, é um nome muito citado nos bastidores da política como possível candidato ao governo em 2018. “Ele tem uma fidelidade canina com o governador, ele nem admite tocar nesse assunto, mas eu já vi de várias pessoas falando que o Fávaro tinha que romper com o governo. E ele não admite nem falar disso”, contou.

Wellington Fagundes, conforme Medeiros, é um dos possíveis candidatos que já tem buscado viabilizar esse projeto, porém, dependendo de como estiver a probabilidade de reeleição de Taques. “Pelo que eu vejo lá em Brasília, ele está trabalhando sim, de olho no governador. O governador se viabilizando, ele não sai. Mas eu sinto que ele não vai pra bola dividida, ele está aglutinando, eu sinto que ele está conversando... Ele está de olho no Ibope do governo. Se o governo se firmar, tirar essa crise da saúde, ele não vai”, avaliou.

Já com relação a Mauro Mendes, o senador diz que enxerga uma candidatura natural pelo fato de ter saído da Prefeitura de Cuiabá com alto nível de aprovação entre o eleitorado. “Não conversei com Mauro, mas, quando Mauro não saiu candidato, pra mim, ele já era virtual candidato ao governo. Não tenho dúvida disso porque ele já era prefeito eleito. Pra mim, ele é candidato natural”.