Saúde
Mais de 7 mil pessoas sem atendimento em hospitais, graças ao governo Taques
Taques afirma que não vai mais dar dinheiro para hospitais filantrópicos, mas paga R$ 11 milhões para alugar um hotel de luxo
A o que tudo indica, os atendimentos não tem data para voltarem, já que de um lado as unidades alegam não ter mais condições de se manter devido aos atrasos e de outro o Governo de Pedro Taques que não quer pagar aos filantrópicos. Os atrasos superariam R$ 10 milhões. O Estado confirma que uma “verba emergencial” que era repassada, não será mais disponibilizada. Embora mantenha religionsamente o repasse de quase R$ 5 milhões para a orquestra do secretário de cultura, por exemplo. Além de gastar R$ 15 milhões com jatinho particular e alugar até um hotel inteiro de luxo para abrigar a PGE.
Somente na Santa Casa de Cuiabá, em média, por dia, 230 atendimentos deixam de ser realizados e 30 internações. A unidade por mês realiza cerca de sete mil atendimentos e 900 internações. O vice-presidente da Federação dos Hospitais Filantrópicos de Mato Grosso, Antônio Preza afirmou que as “portas fechadas” para os novos pacientes, principalmente os de Unidade de Terapia Intensiva, devem refletir e muito no Pronto Socorro de Cuiabá.
Os impactos serão sentidos uma vez que os cinco hospitais filantrópicos, os quatro paralisados e o Hospital do Câncer (não aderiu à paralisação apesar do atraso), são responsáveis por 85% das cirurgias de alta complexidade, pelo SUS no estado e 65% das internações de média de alta complexidade.
Por outro lado, o Governo do Estado alega que não existe qualquer dívida com os hospitais filantrópicos. O que existiu foi uma ajuda emergencial devido à crise dos hospitais. No entanto, devido à inviabilidade orçamentária, o Estado não deve repassar mais estes valores. Segundo o Estado, no final de 2016, diante das dificuldades financeiras enfrentadas pelos hospitais filantrópicos, autorizou repasse emergencial para os hospitais durante três meses. Foram repassados R$ 2,5 milhões nos meses de dezembro de 2016, em janeiro e fevereiro de 2017, totalizando um repasse de R$ 7,5 milhões, a serem divididos entre os cinco filantrópicos.
No entanto, no mês passado, em reunião com os dirigentes das unidades foi explicado que o auxílio não seria possível. “O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), apoia financeiramente as prefeituras de Cuiabá e de Rondonópolis com repasses financeiros, que são usados pelas secretarias municipais de Saúde para o custeio de serviços médicos, incluindo aqueles contratados junto aos hospitais filantrópicos. Portanto, com os hospitais filantrópicos não existe diretamente nenhum contrato e nenhuma dívida como foi divulgado”, confirma nota.
O município de Cuiabá por meio da assessoria de comunicação também afirmou que os repasses com os filantrópicos não estão em atraso.
A dívida - A federação alega que o déficit é de em torno de R$ 3,6 milhões por mês e, segundo ele, o governo se comprometeu a pagar R$ 2,5 milhões por mês para os cinco hospitais. Os atrasos perduram desde março. A FEHOS afirma que desde 2015 expõe ao Governo todas as dificuldades para manutenção das instituições, em virtude da defasagem na tabela do SUS e dos constantes atrasos dos pagamentos.
Página:
https://www.olharnoticias.com.br/noticia/sade/2017/08/10/mais-de-7-mil-pessoas-sem-atendimento-em-hospitais-graas-ao-governo-taques/1530.html