Um homem que trabalhava na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do segundo distrito do Rio Branco, capital do Acre, foi filmado acessando um site de conteúdo explícito adulto durante seu expediente. As imagens se tornaram alvo de diversos compartilhamentos nas redes sociais na última terça-feira, dia 17 de outubro. A Secretaria de Saúde do Acre informou por meio de nota que as imagens realmente foram registradas na unidade, mas não se sabe quando teriam sido registradas.

De acordo com o órgão, o homem não trabalha mais no local desde terça-feira. Ele deverá ser alvo de um processo administrativo para apurar sua conduta de trabalho. Várias pessoas estão no local enquanto o funcionário assiste as imagens explícitas. Ele ignora a todos ali, isola uma das partes do monitor para que não seja flagrado e continua acompanhando o conteúdo pornográfico na recepção da unidade de saúde.

Em nota assinada pelos gerentes do local, tanto o administrativo, quanto o geral, Simone Prado e Erivaldo Castro, a UPA devolverá o servidor para o setor de Gestão de Pessoas da Secretaria de Saúde. A nota afirma que ele seria encaminhado para a diretoria jurídica no dia 18/10, última quarta-feira, para que seja aberto um pedido formal de processo administrativo disciplinar para que seja apurada a conduta do do funcionário. De acordo com a gestão, o acontecimento é repudiado veementemente e a conduta não é condizente com a gestão pública defendida pela administração.

Nas redes sociais o vídeo gerou grande fluxo de comentários: "O Brasil tá uma verdadeira bagunça, não dá pra entender por qual razão um funcionário público faz isso", comentou um usuário do Twitter. "Enquanto tem um monte de gente desempregada por aí, esse senhor inventa de assistir pornografia durante o trabalho, e com nossos impostos, vergonha", escreveu outro internauta, indignado com o que é visto na gravação.

Após o afastamento do funcionário, é aguardado que ele seja punido pelo que fez. Não se sabe se acontecerá uma demissão, mas espera-se ao menos um resposta a altura do poder público pelo que foi feito ali, ambiente público, que foi manchado pela atitude de um servidor que não se portou adequadamente em seu âmbito de trabalho. Resta apenas aguardar.

Em 2014, o Ministério Público processou um servidor público por acessar conteúdo erótico em um órgão público. A investigação encontrou vasto material de nudez e sexo explícito, imagens de meninas aparentemente menores de idade além de vídeo envolvendo animais. Foi solicitado pelo MP que o réu fosse condenado a pagar multa de R$ 665 mil, cem vezes o valor de sua remuneração além da perda da função pública e seus direitos públicos.