IPCA-15 indica que inflação fechou 2017 em 2,94% a mais baixa desde 1998

Alimentos e bebidas e artigos de residência registraram deflação e influenciaram o resultado da inflação no ano.
IPCA-15 indica que inflação fechou 2017 em 2,94% a mais baixa desde 1998

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial, voltou a avançar no último mês do ano, passando de 0,32% em novembro para 0,35%, em dezembro. Com isso, o índice acumulou, em 2017, alta de 2,94%, a menor desde 1998, quando havia registrado 1,66%, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Se fechar o ano perto desse valor, a inflação vai ficar abaixo do piso da meta do governo, que é de 3%. No último relatório, os economistas entrevistados pelo Banco Central previram que o IPCA vai chegar a 2,83% no final de dezembro, praticamente o mesmo valor que está no relatório do BC divulgado nesta quinta-feira, de 2,8%.

No ano, o grupo de alimentos e bebidas registrou a maior queda, de 2,15%, entre todos os tipos de despesa analisadas. Artigos de residência também registraram deflação de preços, de 1,51%.

Veja a variação dos outros grupos que compõem o cálculo do IPCA:

 Habitação: 6,15%

Vestuário: 2,55%

Transportes: 4,31%

Saúde e cuidados pessoais: 6,68%

Despesas pessoais: 4,75%

Educação: 6,96%

Comunicação: 1,5%

 Entre as capitais, a inflação pesou mais no bolso dos consumidores de Brasília, onde os preços subiram 3,74% no ano. Por outro lado, em Belém, o IPCA subiu avançou menos do que nas outras cidades: 1,47%.

 No mês

De novembro para dezembro, a queda de preços do grupo de alimentação e bebidas perdeu força: de - 0,25% para - 0,02%, assim como os de artigos de residência, de -0,35% para -0,27%. Avançaram os preços de transportes: de 0,27% para 1,16%, e de despesas pessoais, de 0,43% para 0,44%.

Ficaram mais baratos feijão-carioca (-5,02%), batata-inglesa (-3,75%), tomate (-2,88%), frutas (-1,40%) e carnes industrializadas (-1,29%). Também recuaram os preços de TV, som e informática (-1,61%) e eletrodomésticos (-0,51%).

Entre as altas de preços está a da gasolina (2,75%), da energia elétrica (0,77%), do gás de botijão (0,80%), da taxa de água e esgoto (0,92%), das passagens aéreas (22,34%), etanol (4,34%) e plano de saúde (1,06%).

Veja a variação dos outros grupos que compõem o cálculo do IPCA:

 Habitação: de 1,33% para 0,43%

Vestuário: mantido em 0,32%

Saúde e Cuidados Pessoais: de 0,51% para 0,27%

Despesas Pessoais: de 0,43% para 0,44%

Educação: de 0,01% para 0,03%

Comunicação: de 0,28% a -0,26%

 

 

Fonte G1 GLOBO

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