A SMS alerta que mesmo com a confirmação, não há motivo para a população entrar em pânico, pois o trabalho de prevenção já vem sendo realizado desde março do ano passado.
A Prefeitura de Cuiabá confirmou que o macaco encontrado morto em novembro de 2017 na região do Centro Político Administrativo, estava contaminado com febre amarela. Além disso, houve na época a morte de alguns animais inclusive em áreas verdes ou em seu entorno que ainda seguem sob investigação das causas.
O Ministério da Saúde divulgou nesta semana o relatório que também confirma a morte de um macaco por febre amarela em Mato Grosso e aponta que de julho de 2017 a janeiro de 2018, foram notificados 21 casos de epizootias (epidemia semelhante a que acomete seres humanos, mas que ocorre em animais) no Estado.
Deste total, 7 casos foram descartados, 11 foram dados como causas indeterminadas e dois ainda estão sob investigação.
Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em 2017 outros dois exames de macacos foram positivos para a doença, um próximo ao Cinturão Verde e outro no Sucuri. De março a dezembro de 2017 foram recolhidos 35 macacos e, neste ano, o número já chega a 12.
“Importante ressaltar que o animal é recolhido na condição de suspeito, ou seja, a confirmação da doença é por diagnóstico laboratorial”, explica Moema Blatt, gestora do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS).
A SMS alerta que mesmo com a confirmação, não há motivo para a população entrar em pânico, pois o trabalho de prevenção já vem sendo realizado desde março do ano passado.
De acordo com a SMS, para evitar a doença, além de vacinar, é importante o uso permanente de repelente para evitar ser alvo do mosquito. A rede municipal oferece imunização gratuita em postos de saúde.
Morte de humanos
Conforme a Secretaria de Estado de Saúde, por enquanto é investigado um caso em Mato Grosso, ocorrido no segundo semestre de 2017. O último registro de morte por febre amarela silvestre em Mato Grosso foi no ano de 2009, no município de Feliz Natal.
A febre amarela silvestre é transmitida pelo mosquito Haemagogus, enquanto a febre amarela urbana é transmitida pelo mosquito Aedes Aegypit, o mesmo que transmite a dengue, a zika e chikungunya.
A SES explica que Mato Grosso é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde, uma área estratégica de controle vetorial e garante que o Estado tem vacina suficiente para imunizar a população.
A média de cobertura vacinal registrada pela SES é de 75% e os 141 municípios estão abastecidos com a vacina, conforme informação da coordenação de Vigilância em Saúde Ambiental.
A pessoas que forem viajar para as áreas consideradas de risco, precisam receber a dose com antecedência da viagem, pois a imunização passa a fazer efeito 10 dias após a aplicação.
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