A expectativa é até boa para a noite da segunda, mas nosso único receio é o frio.
O movimento dos motéis da região metropolitana de Cuiabá nos dias que antecedem e no próprio Dia do Namorados, na segunda (12), deve ter um acréscimo de até 40% em relação ao ano passado. O setor, que foi prejudicado por causa da incidência da data, ainda luta contra a crise econômica e torce até para que o clima não prejudique a procura dos casais pelos locais.
O empresário Márcio Silvestrini, sócio do Mont Blanc Motel, pontua que o movimento é bastante diferenciado de acordo com cada dia. “Na segunda mesmo o movimento deve aumentar em quase 100%, já que esse é normalmente um dos dias mais fracos da semana. Mas contabilizando os outros dias que antecedem a data o aumento deve ficar em uns 10% na nossa unidade”, afirma.
Sobre a crise, Márcio diz que em tempos passados a procura de motéis para o Dia dos Namorados era mais intensa. “A fila de carros passava de 300 metros”, lembra. Atualmente, ele relata que o movimento em seu motel é estável há praticamente um ano e meio.
Ele também revela que tem boas expectativas para o futuro. “Nós já vemos que a economia está voltando a crescer, isso é perceptível. Quem estava organizado conseguiu passar por essa fase difícil e eu acredito que a tendência daqui para frente é que as coisas melhorem mais”, pontua.
Marcos Rogério, gerente do Grupo de Jorge Hotelaria, que é composto por quatro motéis localizados na região metropolitana, aponta que neste ano o movimento aumentou na prévia do Dia dos Namorados.
“A data cair bem na segunda acaba prejudicando um pouco nosso setor. Mas acreditamos que, no geral, contando inclusive o fim de semana, a melhora no movimento nas nossas unidades deve ficar entre 30% e 40% na comparação com o ano passado”, explica.
O gerente diz que a crise sentida pelo motéis em Cuiabá e Várzea Grande foi um pouco pior porque sentiu reflexos, inclusive, do pós-Copa do Mundo. Ele afirma que o trabalho foi realizado muito em função dos estrangeiros e os moradores locais acabaram ficando esquecidos.
“O momento ainda é de certa apreensão, já que precisamos esperar mais um pouco para ver os rumos que o país vai tomar. Essa instabilidade é um pouco ruim porque o setor acaba não conseguindo fazer investimentos muito altos. Por causa disso, o preponderante é manter a qualidade nos serviços prestados”, defende. Marcos finaliza dizendo que um dos segredos do setor é a fidelização dos clientes.
O gerente do Vips Motel, Dionísio Bezerra da Silva, reitera que por conta desse ano o Dia dos Namorados cair na segunda, a alta no movimento na data específica deve ser um pouco menor do que em outras épocas. Apesar disso, ele afirma que a principal preocupação dele é o clima.
“A expectativa é até boa para a noite da segunda, mas nosso único receio é o frio. Se ele continuar até o início da semana pode espantar um pouco a clientela que acaba preferindo ficar em casa mesmo”, ressalta.
Dionísio comenta também que trabalha no local há oito meses e que pelo menos durante esse tempo não tem sentido efeitos da crise. “Nós trabalhamos com metas diárias e elas têm sido alcançadas em boa parte desde o começo do ano. E até onde eu sei o dono está contente, então, não temos tido muito do que reclamar”, argumenta bem humorado.
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