Em reunião na Vice-Governadoria, Fávaro pediu a lealdade dos seis integrantes da bancada do PSD na AL
vice-governador Carlos Fávaro (PSD) anunciou que é pré-candidato ao Senado na eleição deste ano. A decisão foi sacramentada após o senador licenciado e ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP) anunciar que está fora da corrida eleitoral. Para concorrer, o social-democrata não é obrigado a renunciar até 6 de abril.
“Com o anúncio desta segunda, o PSD definiu que pode ocupar esse espaço e eu me sinto preparado para ser pré-candidato ao Senado. Quero construir essa candidatura e conto com o apoio de vocês nessa caminhada”, disse Fávaro por meio do Facebook.
O presidente estadual do PSD explica ainda que quando assumiu o PSD em 2015, Blairo foi uma das lideranças que o apoiou para a construção de um novo partido. “Apoio este que sempre foi recíproco. Estávamos caminhando juntos com o ministro para a reeleição dele a senador”, sustenta.
Embora não deixa claro se continuará na base governista ou pretende migrar para oposição, o lançamento da pré-candidatura de Fávaro ao Senado indica uma possível formatação da chapa de situação nas eleições de outubro. O governador Pedro Taques (PSDB) deve buscar a reeleição enquanto as duas vagas no Senado serão pleiteadas pelo social-democrata e pelo deputado federal Nilson Leitão (PSDB). A vaga de vice poderá ser oferecida aos partidos que participarão da aliança.
Lealdade
Fávaro anunciou a pré-candidatura ao Senado durante reunião com seis integrantes da bancada do PSD na Assembleia. apurou que Gilmar Fabris, Pedro Satélite, Wagner Ramos, Zé Domingos Fraga, Leonardo Albuquerque e Ondanir Bortolini, o Nininho, foram chamados ao gabinete do vice nesta manhã.
Na reunião, Fávaro reiterou a necessidade de lealdade entre os correligionários do PSD. O gesto foi em resposta a articulações encaminhadas por Taques.
Caso haja o rompimento eleitoral com o PSD, Taques pretende contra-atacar e tirar parlamentares do sigla , como Wagner , Nininho, Leonardo , Fabris e Satélite. Hoje apenas Zé Domingos é descontente com o governo tucano. O Solidariedade, que consolida participação na aliança governista, seria a opção dos aliados.
Cenário
A saída de Blairo do cenário abriu espaço para que outros interessados articulassem a candidatura. Além de Fávaro, o deputado federal Adilton Sachetti, que deve se filiar ao DEM, também demonstrou interesse na vaga. ex-senador Jayme Campos (DEM) já cogitava entrar no páreo.
Fávaro, que vem visitando inúmeros municípios do Estado, não esclarece em seu post se a construção da candidatura será pelo lado da oposição ou situação. Hoje o PSD é da base governista, mas há correntes dentro da sigla de defende a ruptura, como o presidente da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga, que é irmão de Zé Domingos.
Paralelo a isso, Fávaro flerta com líderes da oposição, como o senador Wellington Fagundes (PR), cotado para contrapor Taques na busca pela reeleição. O republicano, inclusive, revelou que foi procurado pelo vice para dizer que tinha interesse em concorrer ao governo caso o governador fosse afastado pela Assembleia.
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