Pivetta diz que Mauro já expressou seu desejo de disputar o governo e deve ser o lÃder do grupo que se forma para enfrentar Taques.
Após dizer que o governador Pedro Taques (PSDB) foi testado e reprovado, o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta (sem partido), volta a "metralhar" o ex-aliado. Afirma que o tucano perdeu o direito de buscar à reeleição ao Palácio Paiaguás, tendo em vista que seu governo frustrou aliados e a população.
“Não sabemos se ele (Taques) será candidato, se fizer boa reflexão, vai ver que é inconveniente para sociedade e não tem direito de pleitear à reeleição. Pedro perdeu direito de ficar no Palácio (Paiaguás). O governo dele é medíocre”, diz em entrevista à Rádio Capital, na manhã desta quinta (15).
Ex-prefeito por três mandatos não consecutivos, Pivetta coordenou a campanha e a transição de Taques em 2014 quando ainda eram correligionários no PDT. O ex-gestor, que se desfiliou do PSB, deve retornar aos quadros do PDT - partido que faz oposição ao governo Taques.
Ele era tido como aliado de primeira hora do tucano, mas, no decorrer do mandato, divergiu sobre questões relacionadas à saúde e rompeu com o chefe do Executivo. Vinha permanecendo em silêncio, mas, nos últimos dias, passou a atacar o governador.
É um dos entusiastas da pré-candidatura ao Executivo do ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (DEM) - de quem foi candidato a vice-governador nas eleições de 2010. Aliás, Mauro também é ex-aliado de Taques.
Pivetta tem dito que não é candidato a nada, mas tem apontado situações que considera "mazelas" praticadas pela administração tucana. Ressalta, por exemplo, que houve desagregação geral e enfrentamento cego com servidores – questão da Revisão Geral Anual (RGA). E que tal desgaste não será revertido a tempo.
“[Taques] se mostrou autossuficiente, pois tomou decisões isoladas. O governo não evoluiu da maneira virtuosa que imaginávamos que ele tinha a capacidade. Foi a pessoa que teve melhor condição de iniciar e implantar um governo revolucionário, livre. Para o Estado servir a sociedade e não fez”, afirma.
Pivetta completa dizendo que Taques ainda perdeu seus aliados e que tais líderes estarão reunidos em outro bloco, disputando um governo que, realmente, traga esperança. O ex-prefeito completa dizendo que é preciso diminuir o tamanho do Estado – transferir ao mercado atividades inerentes à iniciativa privada.
Ele também é contrário à criação do Fundo Emergencial de Estabilidade Fiscal (FEEF), com o objetivo de fazer frente à crise econômica que o Mato Grosso vive. Para Pivetta, ao invés de fundos, é preciso cortar gastos. Mesmo com as críticas contundentes, afirma que o tucano é honesto, assim como outras lideranças políticas. Mas, pondera que falta qualidade do gasto público em administração.
Grupo
Pivetta diz que Mauro já expressou seu desejo de disputar o governo e deve ser o líder do grupo que se forma para enfrentar Taques. Segundo ele, o secretário de Assuntos Estratégicos de Várzea Grande Jayme Campos (DEM) e o deputado federal Adilton Sachetti (PRB) são alguns dos nomes que apresentam o mesmo pensamento de mudança, não descartando que possam formar a chapa majoritária (governador, vice e senador), numa eventual coligação.
O ex-prefeito, no entanto, não vê chances de que o vice-governador Carlos Fávaro (PSD), que se lançou pré-candidato ao Senado, faça parte deste grupo. Diz que no “time” não há lugar para ele e que os candidatos a senador do grupo devem ser representantes do interior e da Baixada Cuiabana. Os dois têmm base eleitoral em Lucas do Rio Verde e estiveram em lados opostos nas eleições municipais de 2016 quando Pivetta foi derrotado por Luiz Binotti, que era apoiado por Fávaro.
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