Ezequiel Fonseca ressaltou que maioria "esmagadora" do partido não deseja aliança com governador
O deputado federal e presidente estadual do PP, Ezequiel Fonseca, afirmou na manhã desta segunda-feira que o governador Pedro Taques (PSDB) quer provocar “confusões” dentro do partido ao oferecer cargos aos membros da legenda no palácio Paiaguáss. Segundo o parlamentar, a sigla, entretanto, já demonstrou que não irá apoiar o atual chefe do executivo estadual nas eleições deste ano.
O PP realizou o que Ezequiel chamou de uma pré-convenção na última quinta-feira, onde decidiu, por 44 votos favoráveis, 4 abstenções e nenhum contra, se manter na oposição a gestão Pedro Taques. A sigla, entretanto, tem lideranças que são simpáticas ao atual governador, como o presidente municipal do PP, Demílson Nogueira, que recentemente foi nomeado para a presidência do Instituto de Terras do Estado de Mato Grosso (Intermat). “É lógico que o Governo do Estado quer provocar as confusões, e ele está certo. O papel dele é esse. Está vendo que o PP não vai apoiá-lo e a nossa queda de braço. Aí tem que entrar e achar alguma coisa, e ele é bom nisso. Faz estas ofertas e propostas para mexer com o partido, que demonstrou que podem fazer o que quiser, inclusive mexer com as questões pessoais de um ou de outro, mas a grande maioria ou quase sua totalidade, não vai apoiar. Ele pode fazer o que quiser, como está fazendo, tentando cooptar, mas não vai ter o apoio da sigla”, afirmou.
De acordo com Ezequiel, nunca passou pela cabeça do PP estar junto com o governo Pedro Taques. Ele destacou que o partido já fez parte da base de apoio e da coligação que elegeu o governador em 2014.
Entre os motivos apontados pelo parlamentar para não terem mantido o apoio, está o fato de que o partido nunca foi ouvido pelo Governo, e nem participou dele. O deputado federal revelou que o grupo de oposição já possui seis siglas: PP, PR, MDB, PCdoB, PTB e o PSD, do ex-vice-governador Carlos Fávaro, que deixou o governo recentemente.
Ezequiel apontou, em relação a votação que determinou o posicionamento do partido, que pensava que teriam a maioria, mas não da forma esmagadora como foi. Sobre o posicionamento do senador licenciado e ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP), o deputado federal destacou que ele tem se mantido isento de todas as definições políticas da sigla, conforme prometido ao anunciar que não seria candidato nas eleições deste ano. “Estávamos aqui com o ex-ministro Neri Geller, que fazia uma defesa desta linha no partido (de apoiar Taques). Colocamos isso para tirar essa dúvida e tivemos uma reunião muito boa. Todos foram enfáticos e diziam que não tinha como estar com o Governo. Tenho conversado com o Blairo várias vezes e nunca vi a manifestação dele em defesa do Pedro. Então tenho quase que uma garantia, de que ele não estaria defendendo. Ele sempre me fala para tocar do jeito que a gente entender, porque ele está realmente fora”, pontuou.
Ezequiel Fonseca também destacou que o partido lançará a empresária Margareth Buzetti, presidente da Associação das Empresas do Distrito Industrial de Cuiabá (Aedic), ligada a Blairo Maggi, como pré-candidata ao Senado. Ele também apontou que o PP pretende lançar uma chapa pura para deputados estaduais, além de colocar seu nome e de Neri Geller para a Câmara dos Deputados.
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