O governador Pedro Taques deixou clara sua crÃtica ao fato do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes não se posicionar como pré-candidato ao Governo do Estado.
Em tom de pré-candidato à reeleição, o governador Pedro Taques (PSDB) deixou clara sua crítica, sobre a postura do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (DEM), ao declarar na manhã desta quinta-feira (14), que é preciso ter coragem para enfrentar a campanha ao Governo do Estado.
“Para ser candidato não pode ficar com medinho”, declarou Taques em entrevista ao programa de rádio, Chamada Geral.
Após longa explanação sobre suas ações e críticas à gestão de Mendes e seu comportamento político, Taques ressaltou que não se sente “o último grão de soja do cerrado”, mas que por seu “espírito público” quer continuar na política e provocou o adversário.
“Quer ser candidato que seja, nós precisamos fazer o debate. Nós precisamos debater, e se tem uma coisa que eu não tenho tempo é para ter medo”, disse o governador.
A declaração do tucano vem depois que o ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (DEM) afirmou estar construindo sua candidatura, mas negou ser “pré-candidato” ao Governo do Estado.
"Quem desejar disputar a eleição, que o faça. Não tenha medo, faça. Quem desejar ser governador de Mato Grosso, seja candidato. Se eu disputar a eleição, eu não escolho adversário. Eu escolho os companheiros leais que estarão comigo. Quer ser candidato, seja. Mas tem que ter decisão”, afirmou. O tucano disse contar com cerca de 10 partidos em sua base aliada atualmente.
O Democratas articula as candidaturas de Mendes ao Governo e do ex-governador Jayme Campos ao Senado Federal. A decisão foi tomada baseada em uma pesquisa eleitoral encomendada pela direção nacional do partido e que apontou os dois nomes como favoritos à disputa majoritária.
Taques defendeu a candidatura do deputado federal Nilson Leitão (PSDB) ao Senado.
“Eu apoio [o Nilson Leitão] independente de pesquisa eleitoral. Pesquisa eleitoral significa para publicar ali... Revela a fotografia. Hoje no mundo da pós-verdade, no mundo em que o cidadão recebe 150 informações no dia, o cidadão vai decidir em quem votar no dia da eleição. Isso é fato. Quem entende disso, cientistas políticos, pesquisa reflete o momento. O Nilson tem todas as chances de ser senador da República e tem o meu apoio”, disse.
Críticas ao histórico de Mendes
Pedro Taques não poupou críticas à situação das empresas do ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes. As empresas Bipar Energia S/A, Bipar Investimentos e Participações S/A, Bimetal Indústria Metalúrgica Ltda e Mavi Engenharia e Construções Ltda, das quais Mendes é sócio, entraram com pedidos de recuperação judicial em setembro de 2015.
“Eu sou o cidadão que mais apanha. Eu sou o ‘fracassado’, tem que mudar o técnico, como disse o ex-prefeito. Veja, a empresa do ex-prefeito de Cuiabá está quebrada, em recuperação judicial. Ele não pode escolher nem quem paga. Portanto, o técnico foi afastado pelo juiz, né? Ele é incompetente, ou foi a crise?”, questionou o governador.
“Uma pessoa me perguntou recentemente como pode uma empresa estar em recuperação judicial e a pessoa física ser milionária? Deveriam fazer essa reflexão”, continuou.
O governador também criticou o que seria um histórico de traições políticas aplicadas pelo ex-prefeito de Cuiabá a seus aliados. Os dois foram parceiros até as eleições de 2014.
“Mauro Mendes foi meu companheiro em 2010, foi meu companheiro em 2012. Aliás, um dia antes da eleição, do primeiro turno, no sábado, eu estava no Doutor Fábio comendo um baguncinha com ele”, disse. “Mauro Mendes não apareceu no meu programa eleitoral em 2014. Estava mal das pernas em Cuiabá. O Pronto-Socorro ele começou a construir no terceiro ano do mandato, já na nossa administração. O São Benedito? Na nossa administração. A recuperação das avenidas de Cuiabá? Na nossa administração. Ele tem que ser candidato”, afirmou Taques.
O chefe do Executivo citou até mesmo uma suposta traição de Mendes ao ex-senador Jayme Campos, que deve compor a chapa majoritária do DEM ao lado do ex-prefeito de Cuiabá.
“Aliás, na eleição de 2014 ele pediu voto para o Wellington em Cuiabá e Várzea Grande, traindo Jayme, por isso o Jayme não foi candidato. Silval foi coordenador da campanha dele em 2008 e em 2010 ele enfrentou o Silval. Em 2012, o Emanuel Pinheiro foi coordenador da campanha dele e hoje ele é brigado com o Emanuel. Eu desejo que tenhamos candidato. Agora, para ser candidato não pode ficar com medinho”, declarou Pedro Taques.
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