Seleção conquistou uma importante virada sobre o Uruguai, por 4 a 1, e chegou ao seu sétimo triunfo consecutivo no torneio.
Nem mesmo a segunda melhor seleção das Eliminatórias da Copa do Mundo, que só havia conquistado vitórias em casa, foi capaz de frear o Brasil de Tite. Jogando no histórico Estádio Centenário, na noite desta quinta-feira, a equipe nacional conquistou uma importante virada sobre o Uruguai, por 4 a 1, e chegou ao seu sétimo triunfo consecutivo no torneio.
O resultado deixou a vaga no Mundial da Rússia bastante encaminhada – pela projeção de Tite, a classificação já está assegurada, ainda que não matematicamente. A Seleção Brasileira passou a somar 30 pontos ganhos, na liderança disparada das Eliminatórias, contra 23 do segundo colocado Uruguai.
Para triunfar novamente, o Brasil precisou provar ter poder de reação em Montevidéu. O time visitante viu Marcelo falhar logo no começo da partida, forçando o pênalti do goleiro Alisson sobre Cavani na sequência do lance. O próprio centroavante converteu a cobrança. Paulinho, contudo, liderou a virada com três gols. Neymar também contribuiu com a goleada com uma bela conclusão por cobertura.
O embalado Brasil terá o Paraguai pela frente já na terça-feira, em Itaquera, estádio do Corinthians. No mesmo dia, o Uruguai buscará a sua reabilitação diante do Peru, em Lima.
O jogo – Preocupado em não deixar o Uruguai confortável para atacar já nos primeiros minutos, o Brasil procurou manter a bola nos pés, trocando passes em seu campo defensivo. Neymar foi além. Aos três, o atacante do Barcelona arrancou de antes do meio-campo e acionou Philippe Coutinho, que cruzou da direita. Coates furou, mas Roberto Firmino também.
Pouco depois, Cavani mostrou o oportunismo que o centroavante brasileiro não teve. Marcelo foi displicente ao fazer um recuo curto, com o peito, para Alisson, e o astro uruguaio correu para ficar com a bola. Só não fez o gol porque foi derrubado pelo goleiro. Pênalti. Ele mesmo cobrou, aos nove minutos, e colocou os donos da casa em vantagem no marcador.
O gol já no princípio de partida criou o ambiente que Tite temia. Com a sua torcida inflamada nas arquibancadas do Centenário, o Uruguai ganhou tranquilidade para jogar no contra-ataque, como gosta de fazer. Do outro lado, a Seleção Brasileira viu os espaços para as suas investidas diminuírem sensivelmente.
Paulinho, então, resolveu encurtar o caminho para o gol. Aos 18 minutos, o volante do chinês Guangzhou Evergrande recebeu a bola de Neymar, carregou pelo meio e soltou o pé de fora da área, acertando o ângulo, quase sem chances de defesa para o goleiro vascaíno Martín Silva.
Com a igualdade, o Brasil voltou a se sentir à vontade para impor o estilo de jogo que havia proposto no princípio da partida, com muita movimentação de Neymar. No ataque, quem destoava era Renato Augusto, pouco participativo. E, na defesa, o Uruguai proporcionou mais um susto antes do intervalo. Aos 36, Vecino cabeceou perigosamente para fora após falta batida por Sánchez.
No segundo tempo, com o jogo mais brigado, o Brasil conseguiu se sobressair outra vez. Aos sete minutos, Firmino se redimiu da furada do início do jogo ao girar bem na entrada da área antes de finalizar. Martín Silva deu rebote, e Paulinho foi rápido para aproveitar e anotar o seu segundo gol no Centenário.
Atrás no placar, o Uruguai se viu obrigado a se lançar ao ataque, acuando o time de Tite. O técnico Óscar Tabárez tentou colaborar com a pressão dos seus comandados com a troca de Rolán, o jogador que escolheu para substituir o suspenso Luis Suárez, por Stuani.
Não adiantou. Aos 29 minutos, Neymar fez a diferença na hora em que a Seleção Brasileira tentava conter o ímpeto do Uruguai. Miranda deu um bico para a frente, e o atacante do Barcelona deixou Coates para trás na velocidade, invadiu a área e concluiu com muita categoria, por cobertura, na saída de Martín Silva.
Já calmo à beira do campo, sem a necessidade de berrar tanto, Tite mudou a Seleção Brasileira, que deixou de ser ameaçada. Fernandinho, Willian e Diego Souza ocuparam as vagas de Renato Augusto, Philippe Coutinho e Roberto Firmino no restante do segundo tempo. Àquela altura, o Estádio Monumental estava silenciado.
E houve tempo para transformar a vitória sobre o Uruguai em goleada. Outra vez com Paulinho, já aos 47 minutos do segundo tempo, estufando o peito para empurrar a bola para dentro depois de um cruzamento de Daniel Alves.
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