Advogado e acadêmico de psicologia, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania e do Conselho Municipal de Saúde de Matupá aborda o tema.
Neste ano, a Organização Mundial da Saúde escolheu como tema a ser trabalhado com ênfase em suas ações, a depressão. A depressão é uma doença silenciosa e que compromete vários processos básicos da mente, sobretudo memória, percepção, consciência e concentração.
Ela também pode debilitar o paciente fisicamente, seja por fadiga, seja por doenças psicossomáticas, como cefaléia ou alteração do batimento cardíaco. Em seu último estágio, que vai de leve, passa por moderado e chega à grave, o risco da ocorrência do ato extremo do suicídio passa a ser uma possibilidade, iminente e concreta.
Porém, a boa notícia é que existem tratamentos, como o terapêutico, o psiquiátrico, o medicamentoso, as atividades físicas e uma alimentação saudável.
O importante é que fiquemos atentos aos sinais emitidos pelas pessoas próximas de nós, às vezes bem perceptíveis, às vezes quase imperceptível. E, principalmente, que não tratemos desse problema como sendo "frescura" ou "doença de rico".
A depressão é uma doença da alma que mata ricos, pobres, homens, mulheres, adolescentes, adultos, idosos, negros e brancos.
Precisamos conversar mais sobre sentimentos, sobre as dores da alma, sobre a depressão, a ansiedade generalizada, as fobias, a euforia, a impulsividade, os pensamentos obsessivos e as compulsões, os transtornos alimentares, os transtornos do humor e os transtornos da personalidade.
Precisamos derrubar as máscaras, quebrar os tabus, recuperar os vínculos, superar os preconceitos e nos livrar dos estigmas sociais a respeito da pauta da saúde mental.
Eu já fiz terapia, tomo psicotrópicos e procuro me conhecer todos os dias, sendo que, quando sinto que preciso, peço ajuda, grito se necessário for.
Então, não sofra calado e não tenha vergonha da sua condição pessoal. Procure auxílio, não abaixe a cabeça e mantenha firme os seus planos e siga em busca da sua felicidade. Procure ajuda e seja feliz.
- Paulo Lemos é advogado e acadêmico de psicologia, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da 14a Subsecção da OAB-MT e do Conselho Municipal de Saúde de Matupá, ex-ouvidor-geral da Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso e ex-presidente do Colégio de Ouvidorias das Defensorias Públicas do Brasil.
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