Denúncia sobre grampos ilegais estaria relacionada a queda
O governador Pedro Taques anunciou nesta quinta-feira a saída, a pedido, do advogado Paulo Taques da secretaria da Casa Civil. Paulo Taques, que estava no cargo desde o início do Governo, em janeiro de 2015. Ele volta a se dedicar à sua atividade profissional na advocacia, inclusive reassumindo o papel de advogado pessoal de Pedro Taques.
O governador também anunciou a nomeação do atual adjunto da Casa Civil, José Adolfo José Adolpho de Lima Avelino Vieira, que também já atuava na secretaria desde o início do Governo, para suceder Paulo Taques. Os atos de exoneração e nomeação serão publicados no Diário Oficial do Estado que circulará nesta sexta-feira (12.05).
Pedro Taques comentou que a missão que havia dado a Paulo Taques na Casa Civil – de organizar as rotinas e articulação internas do Governo e criar canais permanentes de amplo diálogo do Executivo Estadual com os demais poderes e a sociedade já foram cumpridas e que o próprio Paulo Taques havia lhe pedido para ficar na função por tempo determinado, já que não poderia se ausentar por muito tempo do seu escritório de advocacia para não prejudicar as causas de seus clientes. “Eu quero aqui reconhecer o grande trabalho feito pelo secretário Paulo Taques na Casa Civil, nos ajudando muito a criar as condições necessárias para fazermos a transformação que nos propusemos a promover no Estado de Mato Grosso e na vida dos mato-grossenses. Agradeço muito ao comprometimento e a grande contribuição que o Paulo deu ao nosso Governo, mas compreendo suas necessidades profissionais. O Paulo continua sendo estratégico ao nosso Governo, e vai voltar a cuidar de vários processos judiciais do meu interesse”, frisou o governador.
O novo secretário-chefe da Casa Civil, José Adolpho de Lima Avelino Vieira, tem 43 anos, é graduado em Administração e pós-graduado com MBA em Gestão de Pessoas e também em Inovação e Difusão Tecnológica. Atuou como assessor parlamentar, como fiscal do Conselho Regional de Administração de Mato Grosso e, desde janeiro de 2015, é secretário adjunto de Gestão Integrada e Modernização Institucional da Casa Civil. Em pouco mais de dois anos à frente da função, assumiu interinamente a chefia da Casa Civil em quatro oportunidades na ausência do titular da pasta.
GRAMPOS ILEGAIS
Entre os processos que Paulo Taques vai atuar está uma investigação em curso na Procuradoria Geral da República sobre denúncia feita pelo ex-secretário de Segurança Pública do Estado, promotor Mauro Zaque, e seu ex-adjunto, Fábio Galindo, sobre eventual existência de interceptações telefônicas clandestinas no âmbito da Polícia Militar. A denúncia, supostamente recebida por eles anonimamente, foi feita pelo ex-secretário ao governador em outubro de 2015.
Ato contínuo, o governador remeteu o caso ao Ministério Público Estadual, por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) para investigação. No mesmo mês de outubro de 2015, porém, o Gaeco fez a promoção do Arquivamento das investigações por insuficiência de evidências do denunciado. “Não verifico qualquer outro elemento que justifique falar-se em interceptação telefônica clandestina, razão pela qual determino o arquivo do PRO, com as respectivas baixas”, escreveu o então coordenador do Gaeco, Marco Aurélio de Castro, em 27 de outubro de 2015.
O caso, hoje, todavia, encontra-se sob apreciação da Procuradoria Geral da República, uma vez que a mesma denúncia fora encaminhada para lá. “Tenho orgulho de ter podido contribuir com a administração do Pedro Taques, que está transformando para melhor a vida dos mato-grossenses. Mantenho a minha convicção de que Pedro Taques entrará para a história como um dos melhores governadores de Mato Grosso, e foi uma honra pessoal ser parte disso. Volto agora para a minha trincheira, que é a advocacia, mas continuarei fazendo o bom combate na defesa dos interesses de Mato Grosso”, argumentou Paulo Taques.
Durante toda semana, o repórter Maurício Ferraz, que faz matérias especiais para o Fantástico (Rede Globo), esteve m Cuiabá para investigar o caso relacionado as escutas clandestinas feitas pela PM. Várias autoridades de poderes, empresários, advogados, jornalistas e até mulheres teriam sido alvo de escutas ilegais sem autorização da Justiça.
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