Campanha é feita pela associação nacional de policiais do Bope. Arrecadação começou nesta quinta-feira (27) e já recebeu R$ 3 mil.
Doações estão sendo arrecadadas pela Associação Brasileira de Operações Especiais (Abopesp) para construir uma estátua em homenagem ao tenente da Polícia Militar, Carlos Sheifer, de 28 anos. O policial morreu durante um confronto com suspeitos de assaltar um banco em Matupá, a 696 km de Cuiabá, no último dia 13. A campanha de arrecadação está sendo compartilhada em grupos de WhatsApp e nas redes sociais.
A estátua deve ser reproduzida no tamanho real do tenente, inclusive com as mesmas roupas e equipamentos que ele usava no dia que foi morto. O major do Bope, Marcos Eduardo Ticianel Paccola, afirmou que a associação analisa, também, a possibilidade de utilizar a arma dele na obra.
Além da estátua, também será construído um memorial para lembrar de todos os policiais que foram mortos durante operações. A campanha começou nesta quinta-feira (25) e até o momento R$ 3 mil foram arrecadados.
A estátua ainda está em fase de orçamento e, segundo o major, o valor pode variar entre R$ 10 mil e R$ 115 mil. "Ainda estamos pensando se vai ser feita em cimento, resina ou bronze, que é o mais caro. Isso dependerá da arrecadação", explicou. O local onde a estátua será construída também não foi definido.
De acordo com o major, as obras serão feitas para garantir que as mortes do tenente e de outros policiais durante operações não tenham sido em vão.
"Tínhamos um vínculo afetivo muito grande, foi meu aluno durante os anos de academia dele. Anos depois, tornou-se sócio fundador da Abopesp. A morte prematura e a forma como foi tirado de nosso convívio comoveu a todos", contou.
O dinheiro arrecadado que não for utilizado na construção da estátua e do memorial serão destinados para o grêmio da Abopesp ou para a mulher do tenente.
A morte
Carlos Henrique morreu depois de levar um tiro no abdome, durante um confronto com suspeitos de assalto a banco. Na operação, quatro homens foram presos. Chegou a ser socorrido e levado para um hospital em Matupá, mas morreu.
Scheifer era recém-formado no curso que capacita policiais militares para atuar no Bope. Tinha entrado para a corporação há menos de dois meses. Antes, havia atuado no Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron).
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