Os servidores também querem que o governo pague a revisão inflacionária de 2016, que está calculada em 6,58%, ainda neste ano e não em 2018, como foi proposto pelo governo.
O Fórum Sindical, que é o grupo de todas as categorias do funcionalismo público do Executivo estadual, rejeitou a proposta de pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) apresentada pelo governo, na sexta-feira (26) e encaminhou uma contraproposta com o que acredita ser passível de aceitação pelos servidores.
Cinco reivindicações foram elencadas. A primeira delas é o pagamento integral do percentual de 3,92%, que ainda falta ser pago referente à RGA de 2016, prevista na lei 10.410/2016, no mês de junho.
Os servidores também querem que o governo pague a revisão inflacionária de 2016, que está calculada em 6,58%, ainda neste ano e não em 2018, como foi proposto pelo governo, que pretende quitar a RGA deste ano parcelada em três vezes, entre janeiro e setembro do ano que vem.
O Fórum sindical também exige que as leis de carreira relativas às progressões horizontais e verticais sejam preservadas e cumpridas e que não haja aumento do percentual de desconto previdenciário de 11% para 14%, como chegou a ser cogitado nos últimos meses. De acordo com o secretário de Estado de Fazenda, Gustavo Oliveira, o Estado terá que fazer ajustes fiscais e cortes de gastos para poder receber benefícios da União referentes à dívida pública.
Por último, os servidores públicos também querem que o governo garanta em lei as reposições de todos os pagamentos retroativos correspondentes aos parcelamentos salariais praticados em 2016 e que estão sendo propostos para este e o próximo ano.
O documento foi assinado pelos coordenadores do Fórum Sindical Oscarlino Alves, Cristiane Vaz e Edmundo César Leite e encaminhados para o governador Pedro Taques (PSDB) e aos secretários de Estado de Fazenda Gustavo Oliveira e de Gestão Júlio Modesto.
Segundo os sindicalistas, foram realizadas duas reuniões entre sexta-feira (26) e sábado (27), entre os representantes de todas as categorias para debater a proposta do governo, em que ficou decidida a rejeição da mesma. A contraproposta elaborada é aquilo que eles acreditam ser “minimamente defensável” perante a Assembleia Geral Unificada, que está programada para ocorrer na tarde desta segunda-feira (29), na Praça das Bandeiras.
Na manhã desta segunda-feira, já houve manifestação de servidores contrários à retirada de direitos. Em Sinop (500Km ao Norte), trabalhadores da Educação e demais movimentos sociais bloquearam o Km 819 da BR-163, como forma de protesto. O bloqueio ocorreu durante três horas, com liberações da pista de 30 em 30 minutos. Foram registrados congestionamentos de um quilômetro durante as interrupções.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep-MT), Henrique Lopes, a manifestação teve como objetivo alertar a população quanto as retiradas de direitos dos servidores públicos. Para além dessa pauta foi acrescida do caus que está vivendo a Saúde pública na região norte de Mato Grosso.
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