Estado investiga contratos de médico que chorou na TV por "caos" em hospital

Empresa de Roberto Satoshi Yoshida faturou mais de R$ 3 milhões no Estado
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A Secretaria de Estado de Saúde (SES) protocolou na tarde desta quinta-feira (01.06), na Controladoria Geral do Estado de Mato Grosso, um ofício pedindo a apuração de supostas irregularidades praticadas pelo médico Roberto Satoshi Yoshida, conforme matérias jornalísticas publicadas pela mídia. Servidor com vínculo na SES, no último dia 24 de maio Yoshida deixou a função de diretor-técnico do Hospital Regional de Sorriso.

Além de receber salários do Estado (cerca de R$ 15 mil por mês), com a obrigação de cumprir jornada semanal de 40 horas, Yoshida mantinha contrato com o hospital para receber como diretor-técnico, função que não existe no organograma do hospital, e também como prestador de serviços de cirurgia geral por meio da empresa Roberto Satoshi Yoshida & Cia Ltda – ME.

O documento, assinado pelo secretário de Estado de Saúde, Luiz Soares, e encaminhado ao Controlador-Geral , Ciro Rodolpho Gonçalves, solicita “a adoção de medidas necessárias para a instauração do Procedimento pertinente, no intuito de apurar responsabilidades do Servidor. Sr. Roberto Satoshi Yoshida e diretores/interventores das unidades hospitalares caso tenham sido praticado atos de irregularidades nos fatos apresentados”. Cópias do documento serão encaminhadas ao Ministério Público de Mato Grosso, à Promotoria de Justiça em Sorriso, ao Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso e ao Conselho Regional de Medicina em Mato Grosso (CRM-MT).

A empresa, registrada como Pessoa Jurídica (PJ), na qual Roberto Yoshida aparece como sócio, assinou em 2015 dois contratos com o Hospital Regional de Sorriso, à época em que a unidade se encontrava sob intervenção. Num deles, Roberto Yoshida recebia mensalmente R$ 16 mil como diretor-técnico. O outro contrato, no valor mensal de R$ 133.747,07, referia-se à prestação de serviços.

Em 19 de dezembro de 2014, a empresa assinou outro contrato com a Fundação de Saúde Comunitária de Sinop, gestora do Hospital Regional de Sinop, que à época também se encontrava sob intervenção. O contrato, assinado por Roberto Yoshida na condição de sócio-administrador, rendia à empresa R$ 198 mil por mês. Os relatórios extraídos do Sistema FIPLAN mostram que de 2015 a março de 2017, a Roberto Satoshi Yoshida & Cia Ltda – ME recebeu a importância de R$ 3.253.283,57. Foram R$ 1.838.025.57 em 2015; R$ 904.714,00 em 2016; e R$ 510.544,00 nos três primeiros meses deste ano.

Fonte Folha Max

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