Mato Grosso tem o preço do gás de cozinha mais alto do país

Segundo o vice-presidente do Siregás/MT, José Humberto Botura, um dos fatores que influencia na diferença de preço no Estado é o custo de logística do produto, que é transportado via terrestre pelas estradas mato-grossenses
Mato Grosso tem o preço do gás de cozinha mais alto do país

O preço do gás de cozinha em Mato Grosso ainda é o mais elevado do Brasil. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o valor médio do botijão de 13 quilos ao consumidor chegou a R$ 80,19 na última semana (de 21 a 27 de maio) no Estado. A variação entre o preço mínimo (R$ 65) e o máximo (R$ 105) chega a R$ 40. Já em Pernambuco, o gás custa em média R$ 50,44.

Na capital, o gás custa em média R$ 76,05, mas a variação entre as revendas pesquisadas pela ANP chega a R$ 15, com preço mínimo de R$ 70 e máximo de R$ 85. O maior custo ao consumidor é registrado em municípios do interior, especialmente na região norte como em Alta Floresta (a 803 km de Cuiabá), onde o preço médio na última semana chegou a R$ 93,33, sendo R$ 100 o valor mais alto encontrado na cidade. 

Segundo o vice-presidente do Siregás/MT, José Humberto Botura, um dos fatores que influencia na diferença de preço no Estado é o custo de logística do produto, que é transportado via terrestre pelas estradas mato-grossenses, o que torna o produto vendido na região norte mais oneroso.

Nas revendas da capital consultadas pela reportagem, o gás de cozinha custa cerca de R$ 75. O proprietário de uma revenda, Osvaldo Martins Santana, informa que o valor que desembolsa para a compra do produto atualmente é de R$ 58,50. “No balcão vendemos mais barato, por R$ 70. Mas, para a entrega o preço é de R$ 75”. Segundo ele, o preço do produto na distribuidora já é “alto”, o que reduz a margem de lucro da empresa. 

Osvaldo Santana acredita que a venda da Liquigás pode afetar o mercado, já que a empresa subsidiária da Petrobras é uma das “controladoras” da concorrência. “Embora a Liquigás diga que não vai aumentar o preço, temos receio que isso possa acontecer, porque ela que regula o preço da concorrência. Com ela já está caro. Imagina sem ela”.

Fonte A Gazeta

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