Três acusados vão cumprir prisão domiciliar, enquanto João Paulo Queiroz teve a prisão revogada
A juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital, converteu a prisão de três presos na "Operação Convescote" em domiciliares, durante audiência de custódia realizada na terça-feira (20). Para um deles, ela concedeu o direito à liberdade, com implantação de medidas cautelares. Ao todo, 11 pessoas foram presas durante a operação. Sete delas permanecem presos.
A operação foi deflagrada na terça-feira, após investigações realizadas pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que apurou fraudes de, ao menos, R$ 3 milhões em contratos firmados entre a Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (Faespe) e instituições do Estado, como a Assembleia Legislativa, o Tribunal de Contas e prefeituras do interior.
Entre os presos estavam servidores do TCE, que teriam participado do esquema. Entre eles, Cláudio Sassioto, o secretário-executivo de administração do Tribunal de Contas do Estado, Marcos José da Silva, e a também servidora da Corte de Contas, Karinny Muzzi, que posteriormente conseguiu o direito à prisão domiciliar. Ela é esposa do ex-vereador de Cuiabá, Paulo Sérgio Serafim de Oliveira, conhecido como “Paulinho Brother”, que também chegou a ser preso após os agentes encontrarem uma arma sem registro na residência dele. Posteriormente, o ex-parlamentar pagou fiança e foi solto.
Também foram presos servidores da Faespe, entre eles Hallan Gonçalves de Freitas e Jocilene Rodrigues de Assunção. O oficial de Justiça, Éder Gomes de Moura, também foi detido.
Os outros alvos dos decretos de prisão preventiva foram Marcos Moreno Miranda; Luiz Benevuto Catelo Branco de Oliveira; José Carias da Silva Neto; João Paulo da Silva Queiroz e José Antônio Pita Sacioto.
Durante a audiência de custódia, a juíza Selma Arruda permitiu que Karinny Emanuelle, Jocilene Rodrigues e Marcos Moreno Miranda fossem colocados em prisão domiciliar. Já João Paulo Silva Queiroz foi colocado em liberdade, com medidas cautelares, como monitoramento por tornozeleira eletrônica.
No relatório das audiências de custódia, não há explícito os motivos para a concessão dos benefícios aos quatro presos. A defesa de Karinny Muzzi informou, ainda na noite de ontem, que sua prisão domiciliar foi concedida para garantir os cuidados dos filhos gêmeos dela, que tem apenas 6 anos. Uma súmulado STF (Supremo Tribunal Federal) garante este benefício.
Em relação aos demais réus, ela manteve a prisão preventiva.
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