Misses fazem rifa para ajudar casa que atende portadores de HIV em Cuiabá

Casa da Mãe Joana precisa de reforma na estrutura. Miss MT e outras três misses estão rifando tela avaliada em R$ 3 mil.
Misses fazem rifa para ajudar casa que atende portadores de HIV em Cuiabá

A Miss Mato Grosso 2017, Aline Castanha Fontes, e mais três misses mato-grossenses estão vendendo rifas de uma tela avaliada em R$ 3 mil para ajudar em reforma na Casa da Mãe Joana, em Cuiabá, que presta atendimento e auxílio a portadores de HIV no estado. No ano passado, o Ministério Público do Estado (MPE) pediu adequações no local após uma vistoria.

Também participam da campanha a Miss Primavera do Leste, Bárbara Lopes, de 23 anos, a Miss Várzea Grande, Anny Viegas, de 25, e a Miss Cuiabá, Drielly Malaquias, de 25.

O prêmio da rifa é uma tela do artista plástico Rodrigo Sávio, que foi doada para a campanha. Cada rifa custa R$ 20.

A casa também precisa de doações de alimentos. Por dia, mais de 90 pessoas passam pelo lugar, que oferece cinco refeições diárias.

"Enviamos uma solicitação pedindo mais tempo, dependemos de doações para conseguir fazer a reforma. É a única casa que oferece apoio gratuito a portadores de HIV em Mato Grosso. Recebemos pessoas de todos os lugares. A casa inteira tem problemas", contou Paulo Rodrigues, coordenador da Casa da Mãe Joana.

Bárbara Lopes é uma das misses envolvidas na arrecadação. Ela contou que a situação na Casa da Mãe Joana requer providências urgentes, pois representa risco à vida das pessoas que passam por ali.

"A enfermaria não tem ventilação. Não tem ar-condicionado ou equipamentos necessários para todos. Alguns desses portadores já tem a saúde muito frágil. O lugar é insalubre para eles", avaliou.
 
A casa está com problemas no telhado, na parte elétrica e nos quartos. Além disso, existe a necessidade da construção de banheiros femininos e masculinos. De acordo com Paulo, atualmente 28 pessoas moram no local.
 

"Nós fizemos uma visita para eles. Era aniversário de um dos moradores e nós levamos café da manhã, conversamos com eles. A sociedade precisa quebrar a barreira do preconceito, são pessoas como nós e o lugar precisa realmente ser melhorado", contou Bárbara.

Para o coordenador da entidade, o preconceito é um dos maiores problemas enfrentados pelos portadores de HIV. "Ainda existe muito, por mais que a sociedade diga que não. Muitos deles não têm ninguém", contou.

Fonte G1 MT

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