O interrogatório de Dalberto foi realizado pela juÃza Selma Arruda e é referente a Operação Sodoma 4
O ex-presidente do instituto Mato Grossense de Terras (Intermat) Afonso Dalberto, admitiu á juíza Selma Arruda, Titular da Sétima Vara Criminal, que recebeu R$ 600 mil em propina pela desapropriação do imóvel onde hoje está o bairro Jardim Liberdade. Na sala de audiências, ele ainda confirmou que foi ameaçado e pensou em suicídio enquanto estava preso.
O interrogatório de Dalberto foi realizado pela juíza Selma Arruda e é referente a Operação Sodoma 4, que apura o superfaturamento na desapropriação do imóvel, pelo qual o Estado pagou R$ 31 milhões e cerca de R$ 15 milhões foram revertidos para a organização criminosa supostamente liderada pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
Em seu depoimento, o réu contou que foi pressionado pelo ex-governador para aprovar o parecer da desapropriação de forma que o grupo fosse beneficiado. Disse, ainda, que foi chamado de “cagão” por Silval Barbosa, pois alegou que queria analisar melhor a situação antes de dar seu parecer.
Preso, ele contou que foi pressionado pelos ex-secretários, na época também recolhidos no Centro de Custódia da Capital (CCC), para que não delatasse o esquema. À juíza, Dalberto revelou ainda que pensou em tirar a própria vida.
O réu contou que não sabia ao certo como era feita a distribuição do dinheiro desviado entre os membros do grupo. Confessou que recebeu R$ 600 mil e que a parte iria para Silval Barbosa que usou o recurso para pagar a dívida que tinha com o empresário Valdir Piran, dono da Piran Factoring.
Sodoma 4
O alvo desta fase da Operação foi a compra irregular de um imóvel no Jardim Liberdade, em Cuiabá, no qual o Estado pagou R$ 31.715 milhões pela desapropriação. No entanto, R$ 15,8 milhões foram revertidos em benefício do grupo.
Na investigação, além dos secretários do governo e o próprio governador, foram denunciados os empresários Valdir Piran acusado de receber R$ 10 milhões dos valores desviados.
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