Integrantes do MST ocupam fazenda de empresa da família Maggi em MT

MST cobra reforma agrária e protesta contra reforma trabalhista do governo federal. Propriedade está localizada às margens da BR-163 em Rondonópolis.
Integrantes do MST ocupam fazenda de empresa da família Maggi em MT

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) invadiram na madrugada desta terça-feira (25) a fazenda da Amaggi, empresa da família do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. Segundo a coordenadora estadual do movimento, Idalice Nunes, a ocupação ocorre em luta pela reforma agrária, além de protesto contra as reformas trabalhista, previdenciária e de terceirização, propostas pelo governo federal.

Em nota, a Amaggi confirmou a invasão e disse que está preocupada com a integridade física dos 17 colaboradores e familiares que residem na fazenda. A companhia também afirmou que está tomando as providências necessárias para garantir a segurança dos mesmos. Além disso, a Amaggi declarou que busca os meios legais para reestabelecer a ordem na unidade.

De acordo com a empresa, a fazenda tem extensão de 479,7 hectares e é uma das mais antigas unidades produtivas do grupo, com atividades desde a década de 1980. De acordo com o MST, o ato faz parte da Jornada Nacional de Luta pela Reforma Agrária. A ocupação também lembra o Dia do Trabalhador Rural, comemorado nesta terça-feira.

A área, chamada SM 02, é um dos latifúndios do Grupo Amaggi e está localizada às margens da BR-163, a 25 km de Rondonópolis sentido Campo Grande, próximo do terminal da ferrovia Norte Sul.

“A ocupação faz parte da jornada de lutas do MST. Fazemos a ocupação para denunciar o descaso com a reforma agrária. Blairo, quando era senador, votou a favor de todas as contrarreformas dos trabalhadores. Também cobramos a reforma agrária, que já era difícil antes [do governo Temer], agora piorou muito. Queremos nossos direitos”, afirmou Idalice ao G1.

Segundo os líderes do MST em Mato Grosso, aproximadamente 500 pessoas do movimento participam da ocupação na propriedade do grupo Amaggi. Os trabalhadores não estipularam prazo para encerrar a ocupação.

Fonte G1 MT

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