Centrais sindicais e movimentos sociais também devem se juntar ao protesto.
Afetados com o reajuste do imposto sobre o combustível, caminhoneiros, integrantes de movimentos sociais e do setor de transportes de grãos prometem protestar e bloquear, na próxima terça-feira (01), importantes rodovias federais usadas para o escoamento da produção, em Mato Grosso. A manifestação está prevista para começar desde as primeiras horas do dia nas BRs 163, 364 e a 070. O ato está previsto para ocorrer simultaneamente em todas as regiões do país e é por tempo indeterminado.
O aumento do PIS/Cofins foi anunciado há uma semana pelo presidente de Michel Temer como uma forma de cobrir o rombo das contas públicas e ocasionou acréscimos de R$ 0,41 por litro de gasolina, R$ 0,20 no álcool e outros R$ 0,21 por litro no diesel. Movimento dos Transportadores de Grãos e Derivados (MTG), Gilson Baitaca, critica o aumento. “Caso o governo federal não recue da medida devemos paralisar as atividades no próximo dia 1º. O preço dos combustíveis está insuportável para todos e toda a sociedade sofre com esse aumento". O entendimento é de que rombo nas contas públicas foi causado pela corrupção e não pela classe trabalhista deste país.
Centrais sindicais e movimentos sociais também devem se juntar ao protesto. “Temos que nos unir e reagir. A crise não foi criada pela sociedade, não podemos pagar por um governo que vem de uma sucessão de erros e não consegue se manter", comentou.
Durante o dia de paralisação, os caminhoneiros bloquearão as rodovias com pneus, permitindo apenas a passagem de veículos de passeio. Por isso, a orientação é de que os motoristas peguem a estrada apenas em casos de urgência, uma vez que, mesmo diante da orientação do MTG, outros profissionais podem inviabilizar a passagem totalmente em determinados locais.
Por conta do aumento concedido, o Procon do Estado iniciou, nesta semana na Grande Cuiabá, uma fiscalização nos postos de combustíveis para monitorar o preço dos combustíveis. Em princípio, a ação ocorre por amostragem, sendo vistoriados, 20 estabelecimentos na capital. Desse total, dez postos respondem à ação civil pública do Ministério Público Estadual (MPE), que limita a margem de lucro bruto do etanol em 20%.
Segundo o Procon, a ação poderá ser ampliada para outros municípios do interior do Estado. Se comprovada elevação de preços abusiva e sem justa causa, os estabelecimentos serão autuados e responderão a processo administrativo junto ao órgão estadual, estando sujeitos à aplicação da sanção de multa, nos termos do Código de Proteção e Defesa do Consumidor (CDC), segundo o gerente de Fiscalização, Controle e Monitoramento de Mercado, André Badini.
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