Todos sujos: Quatro de MT investigados no STF ajudam a salvar Temer de afastamento

Juntos, Nilson Leitão, Ezequiel Fonseca, Carlos Bezerra e Adilton Sachetti respondem a 13 ações ou inquéritos no Supremo
Todos sujos: Quatro de MT investigados no STF ajudam a salvar Temer de afastamento

Quatro deputados federais por Mato Grosso, entre os setes que votaram pelo arquivamento da denúncia contra o presidente Michel Temer, pelo crime de corrupção passiva, estão em um levantamento feito pelo site UOL de 111 parlamentares com pendência na Justiça. 

Entram nessa lista o deputado federal pelo PSDB, Nilson Leitão (PSDB), o peemedebista Carlos Bezerra (PMDB), o progressista Ezequiel Fonseca (PP) e o socialista Adilton Sachetti (PSB). O quarteto aparece junto com o deputado licenciado Valtenir Pereira, agora PSB, também na pesquisa feita pelo site “Congresso em Foco” como parlamentares que respondem inquéritos em ações penais ainda em andamento na Justiça. 

Na votação do relatório, realizada na Câmara dos deputados na noite de terça-feira (02),  sete dos oitos membros da bancada do Estado rejeitaram a denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) contra Temer.  Apenas Ságuas Moraes defendeu a investigação imediata do presidente da República.

Na votação, o deputado Adilton Sachetti (PSB) votou pelo arquivamento da denúncia sob o argumento de que o país precisar continuar com o crescimento econômico. Carlos Bezerra (PMDB), Ezequiel Fonseca (PP) e  Nilson Leitão (PSDB) também utilizaram o mesmo discurso. 

“Pela estabilidade política e econômica do Brasil, voto sim. Voto em nome do Brasil que gera emprego, gera renda. Voto em nome da responsabilidade”, completou Leitão.

No total, votaram 492 dos 513 deputados – 264 a favor do relatório, 227 contra e duas abstenções. Houve 19 ausências – com base no regimento da Câmara, o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) não votou.

AÇÕES NA JUSTIÇA

De acordo com o levantamento, o deputado Adilton Sachetti (PSB) é réu na ação penal 947 e investigado nos inquéritos 4210 e 4310, por crimes de responsabilidade. Já Carlos Bezerra (PMDB) responde à ação penal 520 por crimes contra a administração geral, contra a Lei de Licitações e peculato. Acusado de participar de um esquema que, segundo o Ministério Público, desviou mais de R$ 100 milhões do INSS, quando ele presidia o órgão, em 2004.

O deputado Ezequiel Fonseca (PP) responde nos inquéritos 4249 e 4297 e ação penal 941, por corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro, peculato e crimes da Lei de Licitações. 

Já Nilson Leitão (PSDB), coordenador da bancada ruralista, é alvo de seis inquéritos (3711, 3632, 3631, 3630, 3629 e 3492), por corrupção passiva e crimes contra Lei de Licitações. O primeiro caso está relacionado à “Operação Navalha”, que revelou esquema de corrupção entre a empreiteira Gautama e administradores públicos. Na época, era prefeito de Sinop e chegou a ser preso preventivamente por três dias. 

O tribunal de Justiça anulou uma sentença em que havia inocentado o ex-prefeito de Sinop, em 2015.

Fonte Folha Max

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