Os requerimentos à magistrada, que conduz o julgamento da segunda fase da operação “Sodoma” foram assinados na última segunda-feira (14).

O médico e filho do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Rodrigo Barbosa, e o ex-chefe de gabinete, Silvio Cezar Correia de Araújo, tiveram acordo de colaboração premiada homologados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A informação consta de um requerimento em que ambos, além do próprio ex-governador, pedem que a juíza da Sétima Vara Criminal, Selma Rosane Santos Arruda, expeça um ofício à Procuradoria Geral da República (PGR), ou ao STF, solicitando uma cópia das delações, mantidas sob sigilo.

Os requerimentos à magistrada, que conduz o julgamento da segunda fase da operação “Sodoma” foram assinados na última segunda-feira (14). Os documentos, porém, não revelam a data em que os acordos de colaboração premiada foram homologados. 

As delações, apesar de homologadas, ainda são de caráter sigiloso. Segundo os documentos, nem mesmo a defesa possuem cópias.

“Dessa forma, considerando que para preservar o sigilo nem mesmo a defesa ficou de posse do referido acordo, e considerando que para a elaboração das alegações finais faz-se necessários que a cópia do acordo venha aos autos, requer a Vossa Excelência se digne em expedir ofício a Procuradoria Geral da República e/ou ao Supremo Tribunal Federal, sob a relatoria do Ministro Luiz Fux, para que seja remetido os termos do acordo de colaboração, no sentido de que tanto a defesa possa melhor apresentar as alegações finais, como este respeitável juízo possa também ter conhecimento do referido acordo em sua respectiva sentença”, segundo os requerimentos dos três acusados.

As delações de Rodrigo Barbosa e Sílvio Correa devem corroborar com os depoimentos de Silval à Procuradoria Geral da República. Também podem subsidiar novas operações no Estado.

O ministro do STF Luiz Fux já disse recentemente que a delação do ex-governador Silval Barbosa é “monstruosa” e contém informações que envolvem políticos não só de Mato Grosso como também de outros Estados.

No acordo de colaboração premiada firmado com a PGR, Sival Barbosa disse que ele, e o ministro da Agricultura (Mapa), Blairo Maggi, foram procurados pelo ex-secretário de Fazenda (Sefaz-MT), Eder Moraes, pedindo R$ 12 milhões para alterar seu depoimento ao Ministério Público Estadual (MP-MT), quando disse que ambos sabiam do esquema da “compra” de uma vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), favorecendo o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT), Sérgio Ricardo, 

O ex-governador disse, porém, que Eder de Moraes aceitou dar um “desconto”, e que teria recebido “apenas” R$ 3 milhões de cada um (Silval e Maggi). Oministro da Agricultura e o ex-secretário da Sefaz-MT negam o ocorrido.

 

 

 

Fonte Folha Max