Roberto Turin defendeu privilégio ao Judiciário, por ser uma profissão "mais cara" que as outras
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) repudiou duramente as recentes declrações do presidente da Associação Mato-grossense do Ministério Público (AMMP), promotor Roberto Turin quanto à comparação de trabalho e salário de representantes do meio jurídico e professores. Turin reconheceu que a magistratura tem privilégios por ser uma profissão mais cara que outras.
Quanto à comparação do salário do professor e do juiz, o promotor colocou que "seria absurda" já que os magistrados passam por “enfrentamentos diários” e são profissionais que “passaram a vida toda se dedicando à carreira”. Segundo a Comissão de Ensino Jurídico da Ordem, o promotor tenta na sua fala justificar os supersalários dos magistrados ao comparar as profissões.
Para a comissão, o promotor quis “nivelar por baixo” a questão e usou uma comparação de valor maior para a profissão dos juízes em relação aos professores. “Trata-se, justamente, da categoria que mais merece atenção da sociedade no momento de crise ética, moral, política e econômica pela qual o país passa e vem passando através do tempo. Talvez, seja justamente pela falta de observância dos detentores das ações civis e penais coletivas que a população venha sofrendo com a baixa qualidade da educação, em detrimento de categorias que mesmo em tempos como os que vivemos seguem aguerridas na manutenção de privilégios como uma série de auxílios, ou melhor, ‘penduricalhos’, que se travestem de legalidade para ultrapassar o teto constitucional”, diz nota.
A OAB deixou claro que defende a boa remuneração de juízes e promotores de Justiça. "Contudo, a defesa da Ordem é por uma boa remuneração em forma de subsídio, com salários condignos que não necessitem recorrer a auxílios que já não condizem mais com a realidade social do país", alertou.
Na defesa dos professores, a OAB ainda disse que o “poder da educação” mantém inclusive a melhoria da qualidade do Ensino Jurídico. “Lamentável que profissionais que se gabam de ter uma educação que os tenha levado a conseguir altos salários, não tenham a capacidade de valorizar os guerreiros professores deste país. A OAB-MT acredita no poder da Educação e mantém uma constante luta pela melhoria da qualidade do Ensino Jurídico por saber que professores e professoras são a base para se ofertar melhores serviços à sociedade em todas as áreas”, finaliza nota.
NOTA PÚBLICA
Acerca das declarações do presidente da Associação Mato-grossense do Ministério Público (AMMP), promotor Roberto Turin, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT), por meio da Comissão de Ensino Jurídico, repudia a desvalorização dos professores e professoras demonstrada pelo profissional.
Não se pode, na tentativa de justificar supersalários, tentar comparar o incomparável ou, nas palavras do promotor, “nivelar por baixo” a questão, querendo aquilatar à sua categoria valor maior do que o do profissional da educação.
A dedicação e formação citadas pelo promotor são frutos de um trabalho ainda maior de formação e dedicação de professores, profissionais esses que merecem sim a valorização e, jamais, serem nivelados por baixo, como se profissionais supérfluos pudessem ser.
Trata-se, justamente, da categoria que mais merece atenção da sociedade no momento de crise ética, moral, política e econômica pela qual o país passa e vem passando através do tempo. Talvez, seja justamente pela falta de observância dos detentores das ações civis e penais coletivas que a população venha sofrendo com a baixa qualidade da educação, em detrimento de categorias que mesmo em tempos como os que vivemos seguem aguerridas na manutenção de privilégios como uma série de auxílios, ou melhor, “penduricalhos”, que se travestem de legalidade para ultrapassar o teto constitucional.
Vale ressaltar que a OAB-MT defende e sempre defendeu um Ministério Público e uma magistratura bem remunerados, conscientes de sua importância e imprescindibilidade. Contudo, a defesa da Ordem é por uma boa remuneração em forma de subsídio, com salários condignos que não necessitem recorrer a auxílios que já não condizem mais com a realidade social do país.
Lamentável que profissionais que se gabam de ter uma educação que os tenha levado a conseguir altos salários, não tenham a capacidade de valorizar os guerreiros professores deste país.
A OAB-MT acredita no poder da Educação e mantém uma constante luta pela melhoria da qualidade do Ensino Jurídico por saber que professores e professoras são a base para se ofertar melhores serviços à sociedade em todas as áreas.
Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT)
Comissão de Ensino Jurídico da OAB-MT
Comentários
Aviso: Todo e qualquer comentário publicado na Internet através do Olhar Notícias, não reflete a opinião deste Portal.