Izadora Ledur atuava como instrutora no dia em que Rodrigo Claro passou mal e depois morreu. Morte de aluno ocorreu em novembro de 2016.
A primeira audiência sobre a morte do aluno Rodrigo Patrício Lima Claro, de 21 anos, foi marcada pelo juiz Marcos Faleiros da Silva, da Sétima Vara Criminal, para o dia 26 de janeiro de 2018, em Cuiabá. Rodrigo morreu depois de passar mal durante um treinamento aquático dos bombeiros em novembro de 2016, atividade coordenada pela tenente Izadora Ledur de Souza Dechamps, que era a instrutora do curso.
Além de Ledur, aparece como réu no processo o tenente-coronel Marcelo Augusto Revéles Carvalho (comandante do 1º batalhão e superior da tenente). Faziam parte da equipe de treinamento, e também são réus no processo, o tenente Thales Emmanuel da Silva Pereira, sargento Diones Nunes Sirqueira, cabo Francisco Alves de Barros e sargento Eneas de Oliveira Xavier. Todos devem depor à Justiça.
A audiência está prevista para o dia 26 de janeiro de 2018, às 14h, no Fórum de Cuiabá.
Ledur está afastada das atividades e virou ré por tortura na Justiça. Ela apresentou seis atestados médicos para tratamento de saúdedesde a época do caso até julho deste ano. Com isso, o Corpo de Bombeiros declarou que a apuração ficará suspensa até que a tenente retorne da licença médica. Ledur está de atestado até o dia 15 de outubro.
Um inquérito policial militar, que antecedeu ao conselho, apontou que a tenente foi negligente e que também não há indícios de cometimento de homicídio ou tentativa de homicídio contra Rodrigo Claro.
Rodrigo Claro
Rodrigo morreu no dia 15 de novembro, após passar mal em uma aula prática na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, na qual a tenente Izadora Ledur atuava como instrutora. De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual, Rodrigo demonstrou dificuldades para desenvolver atividades como flutuação, nado livre e outros exercícios.
“Os métodos abusivos praticados pela instrutora consistiram tanto de natureza física, por meio de caldos com afogamento, como de natureza mental utilizando ameaças de desligamento do curso ”, como consta na denúncia.
Ainda segundo o órgão, depoimentos durante a investigação apontam que ele foi submetido a intenso sofrimento físico e mental com uso de violência. A atitude, segundo o MPE, teria sido a forma utilizada pela tenente para punir o aluno pelo mal desempenho.
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