Dados como estes fazem parte do levantamento inédito feito pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) revela que apenas três em cada dez brasileiros na idade adulta praticam atividades fÃsicas e esportivas com regularidade.
Em Mato Grosso, apenas 34,7% da população pratica algum tipo de atividade física. Entre as 26 unidades da Federação, o Estado apresenta o quinto menor índice sendo que o percentual é maior entre os homens (36,4%) em comparação às mulheres (33%). Dados como estes fazem parte do levantamento inédito feito pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) revela que apenas três em cada dez brasileiros na idade adulta praticam atividades físicas e esportivas com regularidade.
Divulgado anteontem, o “Relatório de Desenvolvimento Humano Nacional 2017 – Movimento é Vida: Atividades Físicas e Esportivas para Todas as Pessoas” mostra que, no ano retrasado, 37,9% dos brasileiros entrevistados disseram praticar esporte. O Distrito Federal (50,4%) é a unidade da Federação em que as pessoas mais praticam atividade física, enquanto Alagoas (29,4%) tem o menor percentual, Rondônia (31,7%), Tocantins (33,1%), Pernambuco (31,3%), Rio de Janeiro (31,9%) e Ceará com o mesmo percentual de Mato Grosso. Os dados têm como base o ano de 2015.
Quando a categoria social, o estudo aponta que os brancos (36,2%) estão entre os que mais praticam atividade em comparação aos negros (33,9%), no Estado. Já a faixa etária com maiores índices está entre 15 a 17 anos (30,4% entre as mulheres e 87,1% entre os homens), seguida dos 18 aos 24 anos (30,7% feminino e 53,5% masculino) e dos 25 aos 39 anos, idades em que mulheres e homens atingem praticamente os mesmos percentuais (36,2% e 36,5%, respectivamente).
Quando ao nível de escolaridade, o levantamento revela que quanto maior é o tempo de estudo maior é o índice de pessoas que praticam atividade física. No Estado, apenas 23,5% dos que se consideram sem instrução fazem esportes ou exercícios, com fundamental completo (32,7%), médio completo (38,2%) e superior completo (49%).
A renda também influencia. Segundo a pesquisa, até um salário mínimo apenas 24,6% praticam atividades. O percentual aumenta para 58,6% entre quem ganha mais de cinco salários mínimo.
Há um ano, o funcionário público Anderson Queiroz Barbosa, 41 anos, faz pilates duas vezes na semana. Ele iniciou os exercícios após orientação médica feita por conta de um problema na coluna e ganho de peso. “Eu precisava de fortalecimento muscular para aguentar a estrutura da coluna e também para realinhamento postural”, comentou.
Aliado a isso, Queiroz também faz trilhas e, pelo menos uma vez por semana, caminhadas de 5 a 10 quilômetros. “Com essas atividades, consegui ter melhor qualidade vida, qualidade no sono, fiquei mais ativo para trabalhar e perdi peso. Antes, do pilates e de praticar trilhas, estava com 98 quilos e, hoje, estou com 82 quilos. Meus exames que apresentavam taxas altas, como o colesterol, melhoraram, ou seja, também tive melhora nessa parte biológica. Estou mais ativo e mais animado para trabalhar e desenvolver atividades do dia”, afirmou.
Conforme o relatório, “os dados analisados reforçam a compreensão de que realizar atividade física e esportiva não se restringe somente a uma decisão individual, mas é também produto de como a sociedade pauta a vida coletiva. Isso significa que aconselhar os indivíduos a praticar mais exercícios, sem criar oportunidades efetivas para as pessoas se engajarem com as práticas, nem enfrentar os condicionantes sociais que limitam o envolvimento, dificilmente mudará o cenário”.
O levantamento faz ainda recomendações aos governos nas áreas de saúde, educação, esporte e desenvolvimento humano. De acordo com o Pnud, a intenção do estudo é “contribuir para o aumento das práticas esportivas de modo a oportunizar patamares mais elevados de desenvolvimento humano para todas e todos".
Somente 0,58% das escolas brasileiras é considerada Escola Ativa (classificação pleno e avançado), enquanto 38,56% estão ainda no patamar insuficiente. Metade das escolas está no nível elementar. O relatório define Escola Ativa como aquela em que a distribuição do tempo, da arquitetura e do mobiliário dos espaços, das regras de conduta é mais apropriada para o estímulo e a prática das atividades físicas.
Entre as escolas públicas, mostra o estudo, quase metade (46,1%) está no nível elementar, enquanto 42% estão no nível insuficiente. Já entre as particulares, 61% estão no nível elementar e 24% no nível insuficiente. No Brasil, 39% das escolas oferecem atividades físicas extracurriculares e 20% abrem nos fins de semana para a prática esportiva.
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