A primeira audiência sobre o caso está marcada para o próximo dia 15
O ex-prefeito de Mirassol D'Oeste, a 329 km de Cuiabá, Elias Mendes Leal (PSD), entrou com uma ação criminal contra um internauta, que é morador da cidade, por difamação, calúnia e injúria em um comentário feito no Facebook em uma postagem publicada pelo candidato, em setembro de 2016, durante a campanha dele à reeleição.
A primeira audiência sobre o caso está marcada para o próximo dia 15, no Fórum de Mirrassol D'Oeste.
No processo, Elias Leal afirma que tinha publicado na página dele na rede social uma imagem mostrando um documento da Prefeitura de Mirassol D'Oeste que comprovava que um frigorífico não devia nada aos cofres públicos municipais, "para que a população soubesse da verdade sobre uma possível multa ao frigorífico".
O morador então fez um comentário nessa postagem, dizendo o seguinte: "Esse papel eu consigo fazer no meu computador, não prova nada que você está falando a verdade, as urnas vão dizer e eu aposto que você está se cagando de medo de perder a eleição e o rombo na prefeitura ser descoberto".
"O frigorífico Minerva tinha fechado em Mirassol D'Oeste, mas em vários municípios, e as pessoas estavam querendo culpá-lo pelo fechamento, dizendo que ele tinha entrado com uma ação contra a empresa, por isso ele publicou o documento", declarou o advogado de Elias Leal, Valdinei Rodrigues Salgueiro.
No processo, o ex-prefeito o acusa de denegrir a imagem dele, com denúncias caluniosas, difamatórias, e injuriosas, sem justo motivo".
O comentário, segundo Elias Leal, induz as pessoas a pensarem que ele estaria desviando dinheiro da prefeitura. "Na forma que foi colocada sua afirmação faz crer que o atual prefeito estaria realizando desvio de dinheiro público em proveito próprio e que não sendo reeleito será descoberto os desvios", diz trecho do documento protocolado na Vara Criminal da Comarca de Mirassol D'Oeste.
Além disso, a defesa argumenta que o internauta ainda acusa o ex-prefeito de cometer o crime de falsificação de documento público, já que coloca em dúvida a veracidade do documento apresentado por ele.
"Entramos com uma queima-crime porque entendemos que ele cometeu um crime de calúnia, difamação e injúria. Ele (Elias) não tem nenhuma condenação de crime e foi chamado de ladrão", afirmou.
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