Foram expedidos 137 mandados, sendo 12 de prisões preventiva
A PoliÌcia Federal abriu na manhã desta terça-feira, 7, a Operação Marcapasso que investiga esquema de corrupção destinado a fraudar licitações no Estado do Tocantins. O objetivo era a aquisição de equipamentos chamados OPMEs (oÌrtese, proÌteses e materiais especiais) de alto valor agregado e grande custo para o sistema de sauÌde.
Em nota, a PF informou que cerca de 330 policiais federais cumprem 137 mandados judiciais expedidos pela 4a Vara Criminal Federal de Palmas – TRF1, sendo 12 mandados de prisão temporaÌria expedidos, 41 mandados de condução coercitiva contra empresaÌrios e 84 mandados de busca e apreensão nos Estados do Tocantins, Distrito Federal, São Paulo, GoiaÌs, ParanaÌ, Bahia, CearaÌ, ParaÌ, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
A investigação teve iniÌcio quando os soÌcios da empresa Cardiomed Comércii e Representação de Produtos Médicos e Hospitalares foram presos em flagrante por terem, na qualidade de proprietaÌrios da empresa, fornecido aÌ€ Secretaria de SauÌde do Estado do Tocantins produtos destinados a fins terapeÌ‚uticos ou medicinais cujos prazos de validade de esterilização se encontravam vencidos.
“No decorrer das investigações, veio aÌ€ tona um vasto esquema de corrupção destinado a fraudar licitações no Estado do Tocantins mediante o direcionamento de processos licitatoÌrios. O esquema engendrado possibilitava o fornecimento de vantagens iliÌcitas a empresas, meÌdicos e empresaÌrios do ramo, bem como a funcionaÌrios puÌblicos da aÌrea de sauÌde”, diz nota da PF.
As pessoas investigadas, na medida de suas participações, poderão responder pelos crimes de corrupção passiva e ativa, fraude à licitação, associação criminosa, dentre outros.
O nome da operação eÌ uma alusão a um dos itens mais simboÌlicos e conhecidos da aÌrea de cardiologia, o marca-passo. Esse era um dos itens que integravam alguns dos editais “fraudados” em procedimentos licitatoÌrios na aÌrea de cardiologia na rede puÌblica de sauÌde do Estado do Tocantins.
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