Caso foi registrado nesta terça-feira (7) na Reserva Extrativista Guariba Roosevelt em Colniza
Uma caminhonete do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis) foi incendiada nesta terça-feira (7) na Reserva Extrativista Guariba Roosevelt, no Município de Colniza (1.080 km a Nordeste de Cuiabá).
De acordo com Evandro Selva, diretor regional do instituto federal em Juína (741 km da Capital), o ataque ocorreu durante uma operação de monitoramento contra o desmatamento na região.
Uma equipe composta por nove servidores estavam no local há duas semanas realizando o trabalho.
Segundo ele, as informações sobre o atentando ainda estão truncadas, uma vez que a região é de difícil acesso e comunicação.
A equipe já foi ordenada a retornar à base em Juína por causa do risco à integridade física dos servidores. Não há informações sobre feridos.
Conforme apurou a reportagem, o ataque teria sido orquestrado por um grupo de madeireiros que atuam na reserva.
Eles estariam revoltados com as multas aplicadas durante a operação. O fogo foi controlado por moradores da região.
Nos últimos dois anos, a média anual de desmatamento na região saltou de 8 mil hectares para 15,6 mil e 14,5 mil hectares.
Conforme Evandro Selva, o monitoramento contra o desmatamento é feito de forma rotineira. Essa, no entanto, é a primeira vez que a instituição sofre um atentando.
Ainda segundo o diretor regional, os servidores devem registrar um boletim de ocorrência sobre o caso assim que chegarem a Juína.
Ataque no Amazonas
Este é o segundo ataque ao Ibama na região Amazônica em menos de um mês.
Em outubro, os prédios do Ibama e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), e do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária ), além de uma caminhonete do Ibama, foram incendiados por um grupo de garimpeiros, no Município amazonense de Humaitá (a 590 quilômetros a sudoeste de Manaus).
De acordo com informações, a ação criminosa ocorreu depois que o Ibama apreendeu e incendiou balsas de garimpeiros, que atuavam na extração de ouro, na área do Rio Madeira.
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