No Estado a educação é um dos principais setores que participam do movimento, convocado pelas centrais sindicais.
Trabalhadores lotados nas mais diferentes categorias, em Mato Grosso, aderem à mobilização nacional e paralisam as atividades hoje (10). No Estado, a educação é um dos principais setores que participam do movimento, convocado pelas centrais sindicais. Os bancários manterão o atendimento, mas têm diversas atividades agendadas ao longo do dia, como panfletagem e reuniões nas agências.
O ato tem a intenção de protestar contra o início da validade da Reforma Trabalhista, a partir de amanhã (11), e contra os cortes orçamentários na educação, saúde, segurança, ciência e tecnologia.
O Fórum Sindical também convocou as mais diversas categorias estaduais para participarem do protesto, marcado para às 15 horas, na Praça Alencastro, em Cuiabá. Neste caso específico, o ato também é contra a Proposta de Emendas Constitucional (PEC), a chamada PEC do teto gastos, que limita os investimentos públicos no Estado.
Na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), docentes e técnicos cruzam os braços por entenderem que os cortes comprometem as atividades da universidade e que a Reforma Trabalhista é uma medida que fragiliza a garantia de direitos conquistados a partir de anos de luta, como reajuste salarial anual, horário de almoço, férias, carga horária definida, contrato formal com carteira assinada. Eles também protestam contra o congelamento dos recursos públicos.
Os servidores das unidades do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) de Cuiabá, Alta Floresta, Bela Vista, Campo Novo do Parecis, além da reitoria, também vão interromper as atividades para se manifestarem contra os retrocessos promovidos pelo governo. As demais unidades não vão paralisar, porém, seguem fazendo atividade de conscientização com a comunidade interna e externa.
A greve também visa mostrar a insatisfação com a publicação da Medida Provisória (MP) 805/17, que congela os salários previstos para os servidores públicos e aumenta a contribuição previdenciária, Plano de Demissão voluntária (PDV) para servidores públicos.
Os trabalhadores se posicionam ainda contra a Reforma da Previdência, proposta e mantida pelo Governo Federal mesmo com uma CPA indicando que não existe déficit e que, conforme eles, os dados do Governo são manipulados.
Anteontem o governo decidiu levar a reforma da Previdência a votação ainda neste mês, depurada de seus pontos mais polêmicos. Com isso, deverão ser analisadas somente idade mínima (65 anos para homens e 62 anos para mulheres) e equiparação das regras entre servidores públicos e da iniciativa privada.
Além disso, o tempo mínimo de contribuição deverá cair dos 25 anos propostos para 15 anos. A avaliação é que, com a reforma enxuta, a proposta vai atingir 25% da população o que, em tese, ajudaria a reduzir resistências à aprovação.
“De modo geral, a avaliação dentro da universidade é de que a situação está insustentável e que a tendência é piora”, avaliou a professora Alair Silveira, diretora da Adufmat.
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