casos de HIV em adultos aumentou 255% nos últimos cinco anos, em Mato Grosso. Entre 2012 e 2017, subiu de 180 para 640 notificações.
Dados da Secretaria de Estado de Saúde mostram que o número de casos de HIV em adultos aumentou 255% nos últimos cinco anos, em Mato Grosso. Entre 2012 e 2017, subiu de 180 para 640 notificações. Diante do cenário, as autoridades públicas ligadas à Saúde reforçam, nesta semana que antecede o Carnaval, a importância da prevenção das infeções ou doenças sexualmente transmissíveis (ISTs) e do HIV/Aids.
Conforme a Secretaria de Saúde, a detecção e tratamento precoce com antirretrovirais (TARV) retardaram a evolução do HIV para Aids. No Estado, em 2016 foram notificados 378 casos da doença e a maior incidência de casos de tem sido verificada na população jovem. No país, foram identificados 882.810 casos de Aids de 1980 a junho de 2017. Nacionalmente, os números representam uma média anual de 40 mil novos casos nos últimos cinco anos.
Coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Alessandra Moraes, explica que durante o Carnaval, ou em qualquer ocasião, o uso de preservativos (camisinha masculina ou feminina), em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais), é o método mais eficaz para evitar a transmissão de doenças. “Serve também para evitar gravidez e está disponível gratuitamente nas unidades básicas de saúde do Sistema Único de Saúde”.
As ISTs ou DSTs são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos e transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. Dentre elas destacam-se: HIV/Aids, sífilis, hepatites virais, HPV, herpes genital, clamídia e gonorreia.
Quem tem relação sexual desprotegido pode contrair uma dessas infecções, não importando a idade, estado civil, classe social, identidade de gênero, orientação sexual, credo ou religião. Moraes frisa ainda que pessoa pode estar aparentemente saudável, não ter conhecimento da infecção e continuar transmitindo as infecções e se não forem diagnosticadas e tratadas, podem levar a graves complicações, como infertilidade, câncer ou até morte.
Em Cuiabá, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) iniciou na última quinta-feira (01) a campanha de prevenção e combate às IST/AIDS. De acordo com a coordenadora técnica do Programa IST/AIDS e Hepatites Virais, Mariella Padilha, a equipe de trabalho está realizando blitzes em locais estratégicos da capital, orientando a população acerca da doença, além de distribuírem kits contendo preservativos masculinos, femininos, géis lubrificantes e folders educativos.
Hoje (07), a equipe estará no período da manhã na Praça Maria Taquara e, nos dias 08 e 09, a ação acontecerá de manhã e à tarde e percorrerá a Prefeitura Municipal, Secretaria Municipal de Saúde e Procuradoria Geral do Município (PGM) terminando no Posto Policial da Rodovia Emanuel Pinheiro.
No sábado (10), à tarde, a equipe estará na rodovia que dá acesso a Santo Antônio do Leverger e no domingo de manhã na rodovia que vai para Chapada dos Guimarães. A ação é realizada em parceria com a Secretaria de Mobilidade Urbana de Cuiabá (Semob) e o Detran-MT.
OUTROS DADOS
No Brasil, nos últimos cinco anos foi observado um aumento constante no número de casos de sífilis em gestantes. No ano de 2016, foram notificados 87.593 casos de sífilis adquirida, 37.436 casos de sífilis em gestantes e 20.474 casos de sífilis congênita - entre eles, 185 óbitos.
Em Mato Grosso, nos últimos dois anos, foram notificados 1.733 casos de Sífilis em adultos, 1.356 casos em gestantes e 921 casos de Sífilis congênita.
Outro exemplo são as hepatites. De 1999 a 2016 foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 561.058 casos confirmados de hepatites virais no Brasil. No Estado, entre 2012 e 2016 foram notificados 6.966 casos de hepatites virais e destes 167 óbitos.
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