Mãe de tenente morto em confronto sofre de depressão e cata latinhas para comprar remédios

A falta de uma punição para quem tirou a vida de seu filho e a dor da perda, afetaram diretamente Elizabeth, que está doente, precisando de ajuda.
Mãe de tenente morto em confronto sofre de depressão e cata latinhas para comprar remédios

A morte do único filho homem, de apenas 28 anos, deixou cicatrizes que jamais serão curadas. Deprimida, catando latinha na rua e fazendo diárias para comprar remédios, Elizabeth da Silva Motta, 60 anos, mãe do tenente Carlos Henrique Scheifer, do Batalhão de Operações Especiais (Bope), que morreu em 13 de maio de 2017, está desamparada. Ele morreu enquanto participava de uma operação do Bope que procurava assaltantes de banco do estilo "Novo Cangaço", na região de Matupá (à 696 km de Cuiabá).

Há quase um ano da morte de seu filho, Elizabeth ainda busca por resposta da Polícia Militar. Justiça, é o que ela quer. Seu filho foi morto por disparos acidental de um colega de farda que participava da ação, conforme consta em inquérito policial militar, instaurado na época para apurar a morte e as circunstâncias que levaram ao óbito do tenente Scheifer.

Porém, com o passar dos dias, o caso caiu no esquecimento. O inquérito, segundo amigos da vítima, não foi para frente. A família até hoje não obteve uma resposta se o inquérito identificou qual policial efetuou o disparo que vitimou o tenente Scheifer, e se houve uma punição contra ele. “Está tudo muito abafado” relatou um amigo da vítima sobre o inquérito.

A falta de uma punição para quem tirou a vida de seu filho e a dor da perda, afetaram diretamente Elizabeth, que está doente, precisando de ajuda.

O desamparo financeiro de Elizabeth, juntamente com o seu estado de saúde, fizeram com que familiares tentassem conseguir uma pensão compartilhada para ela com a viúva do tenente, a qual é a única beneficiária por lei. Mas, o caso também está parado.

Elizabeth é viúva e amigos afirmam que ela criou seu filho sozinha. Seu marido faleceu quando o tenente Scheifer tinha apenas 12 anos. Além de Scheifer, Elizabeth tem mais uma filha. Único sustento da família, Elizabeth também cuida de sua mãe, de 74 anos.

ASSOF/MT - Segundo informações, a Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar do Estado de Mato Grosso – ASSOF/MT -, a qual o tenente Scheifer era associado, tem conhecimento da situação difícil vivida por Elizabeth. Ainda, segundo informações, a Associação também não obteve, até hoje, resposta sobre o inquérito.

 

Fonte VG Noticias

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