Problemas de repasses afetam 19 cidades da região Sul do Estado
Continua a sangria dos hospitais nos municípios de Mato Grosso em relação à falta de repasses do governo para a área de Saúde. Em Paranatinga ( a 390 km de Cuiabá), por exemplo, a prefeitura está há seis 6 meses sem receber do Estado recursos importantes para a manutenção do hospital da cidade.
Atualmente a gestão municipal arca com 29% das verbas aplicadas na unidade, devido à falta de repasses do governo. Pela lei, a prefeitura deveria bancar 15% dos recursos e o Estado 12%. Há também participação do Governo Federal (7%).
O hospital já passou por dificuldades maiores, quando o governo chegou a atrasar os repasses em oito meses.
Na verdade a falta de repasses afeta 19 municípios da região sul Mato Grosso. O problema é discutido constantemente nas reuniões do CIR – encontros mensais dos secretários de Saúde do Polo Sul.
A reclamação dos gestores rendeu até uma articulação dos prefeitos da região que se mobilizaram para se reunirem com o governador Pedro Taques (PSDB) no Palácio Paiaguás em Cuiabá. Eles expuseram a gravidade da situação e cobraram do governo providências imediatas para resolver a falta de repasses que gera grandes prejuízos ao atendimento da população mais carentes no interior do Estado.
A falta de repasses na área de Saúde tem afetado o Estado com um todo desde o começo do ano.
A situação se agravou ao ponto de o governo ter que publicar, em janeiro, um decreto de situação de emergência envolvendo sete hospitais em Mato Grosso: Hospital Metropolitano de Várzea Grande (na região metropolitana de Cuiabá), nos Hospitais Regionais de Sorriso que tem uma cobertura de 500 mil pessoas em toda a região, Alta Floresta com 105 mil pessoas, Colíder que atende 70 mil pessoas, Rondonópolis que é responsável pela cobertura de cerca de 500 mil pessoas em 19 municípios, Cáceres com 400 mil pessoas distribuídas em 14 municípios e Sinop também com abrangência de 500 mil pessoas.
Outro lado
A reportagem procurou a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) para se manifestar diante do problema. No entanto, a SES alegou, por meio da assessoria, que o prazo de fechamento desta matéria era muito curto para que a secretaria conseguisse a resposta em tempo hábil junto ao setor financeiro.
O site Mpopular estabeleceu prazo de uma hora para que a SES encaminhasse nota sobre o assunto até a publicação. Após veiculada a matéria, o espaço ficou à disposição da Secretaria para esclarecimentos, o que até o momento não aconteceu.
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